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Israel vê provável ligação entre vacina da Pfizer e pequeno número de casos de miocardite

Pfizer já disse que não observou uma ocorrência maior da condição no que normalmente seria esperado na população geral - Carlos Osorio/Reuters
Pfizer já disse que não observou uma ocorrência maior da condição no que normalmente seria esperado na população geral Imagem: Carlos Osorio/Reuters

Jeffrey Heller

01/06/2021 20h25Atualizada em 01/06/2021 21h58

O Ministério da Saúde de Israel anunciou hoje que concluiu que um número pequeno de casos de inflamação cardíaca observados principalmente em rapazes que receberam a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus teria provavelmente uma ligação com a vacinação.

A Pfizer já disse que não observou uma ocorrência maior da condição, conhecida como miocardite, no que normalmente seria esperado na população geral. A empresa não respondeu imediatamente a um pedido por comentário hoje.

Em Israel, 275 casos de miocardite foram reportados entre dezembro de 2020 e maio de 2021 entre mais de 5 milhões de pessoas vacinadas, afirmou o ministério, ao revelar as conclusões de um estudo que foi encomendado para examinar a questão.

A maioria dos pacientes que teve inflamações no coração não passou mais de quatro dias no hospital e 95% dos casos foram classificados como leves, de acordo com o estudo, conduzido por três equipes de especialistas, segundo o ministério.

O estudo apontou "que há uma provável ligação entre o recebimento da segunda dose da vacina (da Pfizer) e a aparição da miocardite entre homens com idades entre 16 e 30 anos", afirmou o órgão em nota.

De acordo com as conclusões da pesquisa, a ligação foi mais observada entre homens com idades entre 16 e 19 anos do que em outros grupos etários.

Um grupo de consultoria do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) recomendou no mês passado mais estudos sobre a possibilidade de conexão entre casos de miocardite e as vacinas de RNA mensageiro (mRNA), que incluem os imunizantes da Pfizer e da Moderna.