Índia adia entrega de vacinas a consórcio após OMS negar 'atalhos' para aprovar Covaxin
A Índia adiou a entrega de vacinas contra Covid-19 ao esquema de compartilhamento global de vacinas Covax, disseram duas fontes à Reuters na terça-feira, um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS), um dos principais parceiros do mecanismo, dizer que não pode "pegar atalhos" para aprovar uma vacina desenvolvida domesticamente.
Maior fabricante mundial de vacinas, a Índia retomou as exportações de imunizantes contra Covid-19 neste mês pela primeira vez desde abril. O país já enviou cerca de 4 milhões de doses para países com a vizinha Bangladesh e para o Irã, mas nenhuma para o Covax.
Atrasar os suprimentos do Covax pode transtornar campanhas de inoculação de vários países africanos que dependem dele para receber vacinas.
A OMS disse que não pode "pegar atalhos" na decisão de aprovação na segunda-feira, antes de uma reunião de 26 de outubro sobre a Covaxin, a primeira vacina indiana contra Covid-19.
Uma das fontes disse que é "frustrante" que a Índia ainda não tenha confirmado nenhum suprimento para o Covax, apesar de uma promessa feita pelo ministro da Saúde indiano no mês passado sobre o compromisso com o mecanismo e com outros durante o trimestre encerrado em dezembro.
As fontes, que foram inteiradas sobre as tratativas de exportações, não quiseram ser identificadas por não estarem autorizadas a falar do assunto.
"Ainda estamos esperando confirmação de quando e quantas doses podemos esperar quando as exportações de fato recomeçarem, e não estamos cientes de nenhum atraso específico", disse a Aliança Global de Vacinas e Imunização (Gavi), que colidera o Covax, em um email.
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