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Lobby de saúde britânico diz que restrições de covid mais duras são necessárias

20.mar.2020 - Casal de idosos caminhando em Londres, na Inglaterra, durante pandemia do coronavírus - NurPhoto via Getty Images
20.mar.2020 - Casal de idosos caminhando em Londres, na Inglaterra, durante pandemia do coronavírus Imagem: NurPhoto via Getty Images

Alistair Smout

20/10/2021 10h03Atualizada em 20/10/2021 10h55

Os hospitais do Reino Unido estão perto de ficar sobrecarregados por uma nova onda de infecções de Covid-19, por isso restrições mais duras são necessárias, segundo o lobby dos serviços de saúde, mas o governo afirmou que não é hora de um novo lockdown.

O Reino Unido tem o oitavo maior número global de mortes de Covid-19, acumulando quase 139 mil fatalidades, mas também começou cedo seu programa de vacinação. O primeiro-ministro Boris Johnson suspendeu quase todas as restrições da Covid-19 na Inglaterra e descartou as medidas de distanciamento social.

Johnson insiste que o sucesso inicial do país com a vacinação significa que a Inglaterra atravessará um inverno complicado sem precisar de um novo lockdown, já tendo desativado a economia três vezes.

Mas a distribuição de vacinas estagnou, ficando atrás de vários outros países europeus, enquanto a campanha de reforço teve um início lento.

Médicos expressam receio de que um número crescente de visitas aos hospitais, combinado com as pressões de vírus sazonais sobre o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês), possam tornar os hospitais incapazes de lidar com listas de espera longas e funcionar normalmente.

Matthew Taylor, executivo-chefe da Confederação NHS, pediu medidas que Johnson está deixando na reserva, como usar máscaras e trabalhar em casa.

"Converso com líderes do setor de saúde todos os dias, e literalmente não conversei com nenhum líder que não diga que seu serviço está sob pressão intensa agora. Estamos no meio de outubro. As coisas só piorarão", disse Taylor à rádio BBC.