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Rússia diz que pode ser forçada a posicionar mísseis nucleares na Europa

30.mai.2017 - Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia - Alexander Shcherbak\TASS via Getty Images
30.mai.2017 - Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia Imagem: Alexander Shcherbak\TASS via Getty Images

Maria Kiselyova e Alexander Marrow

Da Reuters

13/12/2021 12h46Atualizada em 13/12/2021 13h07

A Rússia disse nesta segunda-feira que pode ser forçada a posicionar mísseis nucleares de alcance intermediário na Europa em resposta ao que vê como planos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de fazer o mesmo.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Ryabkov, disse em entrevista à agência de notícias russa RIA que Moscou terá que se posicionar caso a Otan se recuse a se comprometer com a prevenção de tal escalada.

Seus comentários aumentaram ainda mais os riscos de um impasse, no qual a Rússia exige garantias de segurança do Ocidente, enquanto Estados Unidos e seus aliados alertam Moscou para recuar do que consideram uma possível invasão da Ucrânia — algo que Ryabkov negou novamente ser intenção da Rússia.

As forças nucleares de alcance intermediário (INF, na sigla em inglês) na Europa foram proibidas sob um tratado de 1987 acordado entre o líder soviético Mikhail Gorbachev e o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, no que foi saudado na época como um grande alívio das tensões da Guerra Fria. Washington desistiu do pacto em 2019, após anos de reclamações por supostas violações da Rússia.

Ryabkov disse que havia "indicações indiretas" de que a Otan estava se aproximando de realocar o tratado INF, incluindo a restauração, no mês passado, do 56º Comando de Artilharia, que operava mísseis Pershing com capacidade nuclear durante a Guerra Fria.