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Em meio a surto da ômicron, primeiro-ministro britânico resiste a novo lockdown

16 dez. 2021 - Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em visita a um centro de vacinação em Ramsgate, Reino Unido - Leon Neal - WPA Pool/Getty Images
16 dez. 2021 - Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em visita a um centro de vacinação em Ramsgate, Reino Unido Imagem: Leon Neal - WPA Pool/Getty Images

04/01/2022 16h07

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse nesta terça-feira que a Inglaterra pode suportar um surto de infecções de Covid-19 sem fechar sua economia, enquanto o Reino Unido reportou um novo recorde diário em novos casos, gerado pela variante Ômicron.

Johnson tem resistido à imposição de medidas rígidas de lockdown na Inglaterra, apostando que a campanha pelas doses de reforço da vacina e a cautela entre a população serão suficientes para limitar a última onda de infecções.

O Reino Unido reportou 218.724 novos casos de Covid nesta terça-feira, um novo recorde para o número de casos reportados em um único dia —embora o dado também esteja distorcido por atrasos nos registros de casos durante as festas de final de ano.

Johnson disse que irá se manter firme nas medidas do chamado "Plano B", introduzido na Inglaterra no mês passado, e que inclui a utilização de máscaras faciais no transporte público e em lojas, mas não restringe reuniões nem fecha empresas.

"Juntamente com as medidas do Plano B que introduzimos antes do Natal, temos a chance de sair dessa onda da Ômicron sem fechar nosso país mais uma vez. Podemos manter nossas escolas e empresas abertas, e podemos encontrar uma maneira de viver com esse vírus", disse Johnson.

"Mas as semanas daqui para frente serão desafiadoras, tanto aqui no Reino Unido como em todo mundo. Não há como fugir do fato de que alguns serviços serão interrompidos por conta da escassez de funcionários".

Johnson tem alertado que os hospitais enfrentarão uma pressão considerável nas próximas semanas, e anunciou nesta terça testes diários para 100 mil trabalhadores de setores essenciais.

(Reportagem de Guy Faulconbridge, Alistair Smout, Andy Bruce, Andrew MacAskill, William James e Paul Sandle)