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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Há grande lacuna em negociação de paz entre Rússia e Ucrânia, diz Ocidente

17.mar.2022 - Soldado caminha entre destroços em frente a um edifício residencial que foi atingido por um míssil interceptado - REUTERS/Thomas Peter
17.mar.2022 - Soldado caminha entre destroços em frente a um edifício residencial que foi atingido por um míssil interceptado Imagem: REUTERS/Thomas Peter

Alistair Smout e Kylie MacLellan

17/03/2022 13h24Atualizada em 17/03/2022 13h47

Ucrânia e Rússia estão levando a sério as conversações de paz, mas ainda há uma lacuna muito grande entre os dois lados, disseram autoridades ocidentais nesta quinta-feira, acrescentando que o presidente russo, Vladimir Putin, não parecia estar com disposição para fazer concessões.

Embora ambos os lados tenham apontado para um progresso limitado nas conversações de paz esta semana, Putin mostrou poucos sinais de disposição para ceder durante um discurso televisionado no qual citou "traidores e escória" na Rússia que estariam ajudando o Ocidente.

"Ambos os lados estão levando (as conversações) a sério, mas existe uma lacuna muito, muito grande entre as posições em questão", disse uma autoridade ocidental, falando sob condição de anonimato.

Outra autoridade acrescentou: "Aqueles... que viram o presidente Putin se dirigir à nação ontem seriam perdoados por pensarem que a Rússia não estava com humor para um acordo".

Um negociador ucraniano disse que está na mesa de negociação nas conversações entre Kiev e Moscou um "modelo" legalmente vinculante de garantias de segurança que ofereceria à Ucrânia proteção de um grupo de aliados no caso de um ataque futuro.

Uma autoridade ocidental disse que os detalhes sobre quem seria o garantidor da segurança eram objeto de conversas com parceiros internacionais, mas que era importante estabelecer os termos.

Perguntados sobre o papel da China no conflito e sua disposição de fornecer armas à Rússia, as autoridades ocidentais disseram acreditar que a resposta da China ainda estava em processo de formulação.

"A liderança deles gostaria de apoiar a Rússia... mas está cada vez mais consciente... de como isso está indo mal no momento e do custo de reputação associado ao fato de estarem no lado russo", disse uma autoridade. "É um quadro complexo e de forma alguma estático."