ONU diz que centenas de civis morreram na Ucrânia e pede investigação
Mais de 700 civis, incluindo 52 crianças, foram mortos na Ucrânia desde a invasão da Rússia há três semanas, mas o "número real é provavelmente muito maior", disse a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, ao Conselho de Segurança da organização, nesta quinta-feira.
"A maioria dessas vítimas foi causada pelo uso em áreas povoadas de armas explosivas com ampla área de impacto. Centenas de prédios residenciais foram danificados ou destruídos, assim como hospitais e escolas", afirmou DiCarlo.
Ela disse ao conselho de 15 membros que a agência de direitos humanos da ONU registrou 726 mortes, incluindo 52 crianças, e 1.174 pessoas feridas, sendo 63 crianças, entre 24 de fevereiro e 15 de março. DiCarlo não especificou culpado.
"A magnitude das baixas civis e a destruição da infraestrutura civil na Ucrânia não podem ser negadas. Isso exige uma investigação completa e responsabilidade", disse ela.
A Organização Mundial da Saúde verificou 43 ataques ao sistema de saúde na Ucrânia que mataram 12 pessoas e feriram dezenas mais, incluindo profissionais de saúde, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Conselho de Segurança.
"Em qualquer conflito, os ataques à saúde são uma violação do direito humanitário internacional", disse Tedros ao conselho, sem especificar quem era o culpado.
A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam Moscou de atacar civis. A Rússia chamou suas ações militares na Ucrânia de "operação especial" e nega atacar civis, dizendo que tem como alvo a infraestrutura militar da Ucrânia.
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