Lula diz que Bolsonaro tem 'fábrica de mentiras' e alerta contra notícias falsas na campanha
Em primeiro lugar nas pesquisas para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alertou para o que chamou de "fábrica de mentiras" da família Bolsonaro e que é preciso cuidado para evitar uma repetição das ações de 2018, em que notícias falsas dominaram a campanha eleitoral.
"A partir de agora a gente tem que ficar com muito cuidado com a fábrica de mentiras, com os fake news deles. Temos que ter muito cuidado com as mentiras da família Bolsonaro e dos milicianos deles", disse Lula.
"Temos que ter muito cuidado com a quantidade de mentiras que são vendidas todos os dias no zap, a gente precisa olhar bem. Porque foi assim que eles ganharam as eleições em 2018 e a gente não vai fazer o jogo rasteiro deles", acrescentou.
Em 2018, com Lula preso e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato contra Bolsonaro, a distribuição de notícias falsas foi um dos principais fatores da campanha, e o próprio PT reconhece que não soube reagir. Nas últimas semanas, o partido montou um esquema de acompanhamento de fake news nas redes para responder rapidamente, além de entrar com ações na Justiça para retirá-las do ar.
A declaração de Lula foi dada durante uma visita ao condomínio Novo Pinheirinho, em Santo André (SP), construído pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto com recursos do programa Minha Casa Minha Vida, e serviu como um gesto de agradecimento ao líder do MTST, Guilherme Boulos (PSOL), que deixou de lado sua candidatura ao governo do Estado para apoiar Haddad na disputa regional deste ano.
Lula aproveitou o evento para lançar a candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo, em 2024. O líder do MTST será candidato à Câmara dos Deputados agora, em um movimento que busca mais votos ao PSOL e garantir que o partido não seja pego na cláusula de barreira, mas que também ajuda o PT.
"Nós temos que ter consciência que temos que fazer a Presidência da República, o governo de São Paulo e em 2024 a gente vai fazer o Boulos prefeito de São Paulo. E a gente vai consertar esse país", disse Lula.
No acordo feito com Lula para que deixasse a disputa pelo governo estadual e apoiasse Haddad —para quem migram, de fato, a maior parte de seus votos— Boulos garantiu a costura do apoio para sua candidatura à prefeitura. Em 2022, Boulos foi ao segundo turno contra o então prefeito Bruno Covas e, apesar de derrotado, fez 40,6% dos votos.
Congresso
Em seu discurso, Lula também cobrou que seus eleitores não se preocupem apenas com a eleição para presidente, mas também para o Congresso.
"Primeiro, não é só votar para presidente ou governador. É importante que a gente tenha clareza que é muito importante a gente votar para deputadas e deputados, a gente votar em senadores e senadoras. Porque quem vai fazer as leis é o Congresso Nacional", afirmou.
Lula tem demonstrado preocupação em fazer uma bancada de centro-esquerda expressiva em 2022, que possa mostrar força no Congresso no caso de ser eleito. O PT conseguiu formar uma federação com o PV e o PCdoB, mas não garantiu a participação do PSB, como era desejo de Lula.
O PSB, no entanto, deve participar de uma coligação nacional, tendo o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin —que formalizou esta semana sua filiação no partido— como vice na chapa com Lula. Além disso, uma federação formada por PSOL e Rede também deve fazer parte dessa coligação nacional.
Lula ainda tenta trazer para essa coligação no primeiro turno o PSD, mas Gilberto Kassab mantém, por enquanto, a insistência em candidatura própria do partido. O presidente da sigla, no entanto, já declarou a Lula seu apoio em um eventual segundo turno.
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