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China: chefe da OMS é 'irresponsável' por criticar estratégia 'covid zero'

Profissionais usam roupa de proteção durante lockdown para conter covid-19 em Xangai, na China - Aly Song/Reuters
Profissionais usam roupa de proteção durante lockdown para conter covid-19 em Xangai, na China Imagem: Aly Song/Reuters

Martin Quin Pollard e Brenda Goh

Reuters, Pequim e Xangai

11/05/2022 08h56

A China reagiu nesta quarta-feira ao que chamou de comentários "irresponsáveis" do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), que descreveu a política inflexível e cada vez mais dolorosa de "Covid zero" do país como "não sustentável".

A política colocou centenas de milhões de pessoas em dezenas de cidades sob vários graus de restrições de movimento, mais dramaticamente em Xangai, causando danos econômicos significativos na China e no exterior e alimentando uma frustração generalizada.

Autoridades em Xangai, agora em sua sexta semana sob um lockdown abrangente, disseram nesta quarta-feira que metade da cidade alcançou o status "Covid zero", mas as restrições permanecerão em vigor.

A abordagem da China contrasta com a maioria das outras partes do mundo, onde os governos optaram por conviver com o vírus.

Em raros comentários públicos sobre as políticas de um governo, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse na terça-feira que a estratégia de tolerância zero da China não é sustentável e que é hora de uma mudança de abordagem.

Os comentários de Tedros não foram cobertos pela mídia estatal chinesa e foram censurados nas mídias sociais do país, com a única resposta oficial vinda em uma coletiva de imprensa regular do Ministério das Relações Exteriores.

"Esperamos que o indivíduo relevante possa ver a política chinesa de Covid de forma objetiva e racional e conhecer os fatos, em vez de fazer comentários irresponsáveis", disse o porta-voz da chancelaria chinesa Zhao Lijian.