Covid: China vai fechar acesso à Cidade Proibida para tentar frear doença
O governo chinês anunciou hoje, que fechará a partir de amanhã o acesso à Cidade Proibida, no centro de Pequim, um dos pontos turísticos mais conhecidos do país. O objetivo é reduzir os riscos de propagação da covid-19.
Em Pequim, o governo decidiu isolar prédios, imóveis e até universidades, escolas e pontos turísticos após a descoberta, no final de abril, de casos da doença. O país enfrenta a pior onda do SARS-CoV-2 desde o início da epidemia, em 2020, e impõe medidas de controle drásticas, como o lockdown da população nas cidades onde a taxa de infecção é mais elevada.
É o caso de Xangai, onde as medidas de quarentena se multiplicam e são impostas até mesmo a pessoas com testes negativos que estiveram em contato com contaminados. Na cidade de 25 milhões de habitantes, o confinamento, desde o início de abril, também foi marcado por problemas de fornecimento de alimentos. Os moradores também temem ser enviados à força para centros de isolamento.
A China tem dificuldades para controlar a variante ômicron, mais contagiosa. A propagação da cepa na população dificulta a aplicação da estratégia conhecida como "covid zero", que visa impedir que o vírus se espalhe no país e eliminar os focos de propagação adotando o isolamento rígido para os casos positivos.
China censura críticas da OMS
A China censurou nesta quarta-feira (11) as críticas do diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),Tedros Adhanom Ghebreyesus, à política de "covid zero" aplicada pelo governo comunista.
Os censores atuaram de maneira rápida para frear a propagação das afirmações do diretor da OMS. Na plataforma Weibo, as hashtags #Tedros e #OMS não apresentavam resultados nesta quarta-feira.
Na rede social WeChat não era possível republicar ou transferir um artigo da conta oficial da ONU, publicado nesta plataforma e que menciona as críticas do diretor da OMS. No entanto, era possível discutir o assunto online com um de seus contatos ou postar capturas de tela dos artigos em seu feed do WeChat.
A imprensa chinesa também não comentou o assunto. Hu Xijin, ex-diretor de redação do tabloide nacionalista Global Times, considerou as críticas da OMS "sem importância". "Se dizem que o método chinês não é sustentável, teriam que apresentar um que seja mais eficaz e sustentável. Mas não apresentam nenhum", afirmou em sua conta no Weibo, que tem 24 milhões de seguidores.
População está irritada
As medidas restritivas, somadas a um quase fechamento das fronteiras e conexões aéreas internacionais reduzidas, estão aumentando a irritação na China.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou na terça-feira que a política "covid zero" é "insustentável", o que representa críticas incomuns a China. "Passar a outra estratégia será muito importante", acrescentou. Mas a medida é defendida pelos principais líderes comunistas, incluindo o presidente Xi Jinping.
* Com informações da AFP
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