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Partes de Xangai retomam lockdown da covid-19 e Pequim anuncia restrições

9.jun.2022 - Funcionários usando roupa de proteção colocam barreiras do lado de fora de um prédio durante lockdown para conter covid-19 em Xangai - Andrew Galbraith/Reuters
9.jun.2022 - Funcionários usando roupa de proteção colocam barreiras do lado de fora de um prédio durante lockdown para conter covid-19 em Xangai Imagem: Andrew Galbraith/Reuters

David Stanway e Ryan Woo

Xangai e Pequim

09/06/2022 09h20

Xangai e Pequim voltaram a receber novo alerta de covid-19 nesta quinta-feira, quando partes do maior centro econômico da China impuseram novas restrições de lockdown.

Enquanto isso, o distrito mais populoso da capital chinesa anunciou o fechamento de locais de entretenimento, e notícias do lockdown no distrito de Minhang, em Xangai, que abriga mais de 2 milhões de pessoas, derrubaram as ações chinesas.

Ambas as cidades tinham flexibilizado recentemente as pesadas restrições contra a covid, mas o país manteve uma política de "tolerância zero" destinada a encerrar as cadeias de transmissão o mais rápido possível.

Os moradores de Xangai, em particular, estão nervosos com o aumento de novos casos após o término do lockdown de dois meses na cidade. Nesta quinta-feira autoridades rastreavam três infecções no Red Rose, um popular salão de beleza no centro da cidade que reabriu em 1 de junho, com o fim do lockdown.

A loja atendeu 502 clientes de 15 dos 16 distritos de Xangai nos últimos oito dias, informou um meio de comunicação local, The Paper.

"Quando isso vai acabar?", comentou um usuário do Weibo, semelhante ao Twitter, sobre o salão. "Eu só quero ter uma vida normal."

As autoridades disseram que uma investigação preliminar mostrou que alguns dos 16 funcionários do salão não foram submetidos a testes diários de covid conforme necessário e que 90.000 pessoas ligadas à equipe ou clientes da Red Rose foram testadas.

Embora a taxa de infecção da China seja baixa para os padrões globais, o presidente Xi Jinping intensificou a política rígida contra covid que as autoridades dizem ser necessária para proteger os idosos e o sistema médico do país, mesmo que outros países tentem viver com o coronavírus.