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China e Rússia acusam EUA de alimentar tensões com Coreia do Norte

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin - REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin Imagem: REUTERS/Evgenia Novozhenina/Pool/File Photo

08/06/2022 14h15

China e Rússia acusaram, nesta quarta-feira (8), os Estados Unidos de alimentar as tensões na península coreana, no primeiro debate da história organizado na Assembleia Geral da ONU para que os países que recorrem ao veto no Conselho de Segurança expliquem seus motivos aos 193 membros da organização.

Pequim e Moscou bloquearam em 26 de maio no Conselho de Segurança um projeto de resolução dos Estados Unidos que pedia novas sanções contra a Coreia do Norte em represália pelos múltiplos lançamentos de mísseis balísticos desde o início do ano.

Washington "não tem uma resposta adequada" com Pyongyang, mantém "um discurso de pressões", disse o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun. As tensões na península "se devem essencialmente aos Estados Unidos", acrescentou, antes de defender uma flexibilização das sanções contra o governo norte-coreano.

A vice-embaixadora russa Anna Evstigneeva também pediu que "as sanções sejam postas de lado". A Coreia do Norte precisa de mais ajuda humanitária e o Ocidente deve parar de culpar Pyongyang pelas tensões, disse ela.

Em nome dos Estados Unidos, o vice-embaixador Jeffrey DeLaurentis refutou esses argumentos. As sanções e propostas para apertá-las são uma resposta ao comportamento da Coreia do Norte, disse ele.

O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim Song, justificou os testes nucleares militares de seu país enfatizando que a Carta das Nações Unidas "prevê explicitamente o direito de cada país de garantir sua própria defesa individual ou coletivamente".