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Biden minimiza decisão de Putin de deixar acordo, mas chama de 'grande erro'

12.jan.2023 - Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, durante discurso - 12.jan.2023 - Kevin Dietsch/Getty Images via AFP
12.jan.2023 - Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, durante discurso Imagem: 12.jan.2023 - Kevin Dietsch/Getty Images via AFP

Kanishka Singh e Costas Pitas

Da Reuters

22/02/2023 20h45Atualizada em 22/02/2023 21h43

O presidente norte-americano, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que não interpretou a decisão de Vladimir Putin de suspender temporariamente a participação em um tratado de armamento nuclear como sinal de que o presidente russo considera usar armas nucleares, embora o líder dos Estados Unidos tenha chamado o movimento de um "grande erro".

"É um grande erro fazer isso. Não é muito responsável. Mas eu não interpreto isso como se ele estivesse pensando em usar armas nucleares ou qualquer coisa deste tipo", disse Biden em uma entrevista à ABC News.

Nesta semana, Putin se retirou do tratado para controle de armas New START — um acordo de 2010 que limita o número de ogivas nucleares estratégicas implantadas pela Rússia e pelos EUA — e alertou que Moscou pode retomar os testes nucleares.

A Rússia, contudo, disse que cumprirá os limites estabelecidos para mísseis nucleares e continuará informando os Estados Unidos sobre mudanças em suas implantações, apesar da suspensão.

Questionado na entrevista se a suspensão do tratado tornava o mundo menos seguro, Biden disse: "Bem, eu acho que estamos menos seguros quando abandonamos acordos de controle de armas que são de muito interesse de ambas as partes e do mundo".

Ele acrescentou, no entanto, que não há evidências que sugiram uma mudança na postura nuclear da Rússia.

"A ideia de que isso significa que eles estão pensando em usar armas nucleares, mísseis balísticos intercontinentais, não há evidência disso", disse Biden.

(*Reportagem de Kanishka Singh, Costas Pitas e Rami Ayyub)