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Familiares lamentam mortes dos turistas de submersível de expedição ao Titanic

Os tripulantes do submersível (da esquerda para direita): Stockton Rush, CEO da OceanGate; Paul-Henry Nargeolet; Suleman Dawood e seu pai Shahzada Dawood; e o bilionário britânico Hamish Harding - Shannon Stapleton/REUTERS; Reprodução/LinkedIn; Família Dawood; e JANNICKE MIKKELSEN/Jannicke Mikkelsen via REUTERS
Os tripulantes do submersível (da esquerda para direita): Stockton Rush, CEO da OceanGate; Paul-Henry Nargeolet; Suleman Dawood e seu pai Shahzada Dawood; e o bilionário britânico Hamish Harding Imagem: Shannon Stapleton/REUTERS; Reprodução/LinkedIn; Família Dawood; e JANNICKE MIKKELSEN/Jannicke Mikkelsen via REUTERS

23/06/2023 16h26Atualizada em 23/06/2023 16h46

Por Joseph Ax e Steve Gorman

(Reuters) - Familiares e amigos lamentaram nesta sexta-feira as mortes de cinco pessoas depois que um submersível implodiu no Atlântico Norte durante um mergulho profundo até os destroços do Titanic, levantando questões sobre as regras de segurança para tais aventuras nas profundezas do oceano.

Os destroços do submersível Titan, que estava desaparecido desde domingo, foram detectados na quinta-feira por um veículo robótico de mergulho lançado de um navio canadense como parte de uma iniciativa internacional de resgate.

Os restos do submersível, que perdeu contato com um navio na superfície cerca de 1 hora e 45 minutos depois da descida, que deveria durar 2 horas, foram descobertos no fundo do mar a cerca de 488 metros da proa dos destroços do Titanic, cerca de 4 km abaixo da superfície, disse o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA John Mauger.

Ele disse a repórteres na quinta-feira que os destroços eram consistentes com "uma implosão catastrófica do veículo".

Os cinco que morreram incluíam Stockton Rush, fundador e diretor executivo da OceanGate Expeditions, que operava o submersível e cobrava 250 mil dólares por pessoa para fazer a viagem do Titanic. O norte-americano estava pilotando a embarcação.

Os outros eram o bilionário e explorador britânico Hamish Harding, de 58 anos; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 48, e seu filho Suleman, 19, ambos cidadãos britânicos; e o oceanógrafo francês Paul-Henri Nargeolet, 77.

Guillermo Söhnlein, co-fundador da OceanGate com Rush em 2009, disse que Rush estava "profundamente ciente" dos perigos de explorar as profundezas do oceano.

"Stockton foi um dos gerentes de risco mais astutos que já conheci", disse Söhnlein, que deixou a empresa em 2013, mantendo uma participação minoritária. "Ele era muito avesso ao risco."

O explorador britânico do Titanic, Dik Barton, prestou homenagem ao trabalho de seu amigo Nargeolet, mas observou questões levantadas com o design e a manutenção da embarcação. "Todo mundo fica sabendo depois do evento, mas, como ouvimos antes, infelizmente houve muitas bandeiras vermelhas voando aqui", disse ele.

(Reportagem de Joseph Axe e Steve Gorman; Reportagem adicional de Idrees Ali, Charlotte Greefield e redações da Reuters)