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Em crítica a Biden, Câmara dos EUA aprova envio forçado de armas a Israel

A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, comandada pelo Partido Republicano, aprovou nesta quinta-feira um projeto de lei que forçará o presidente do país, Joe Biden, a enviar armas para Israel, em uma tentativa de criticar o democrata pela demora no envio de bombas, em um momento no qual o mandatário pressiona os israelenses a proteger os civis durante a sua guerra contra o Hamas.

O chamado Israel Security Assistance Support Act foi aprovado por 224 a 187 votos, com as escolhas seguindo em sua maioria a orientação partidária. No total, 16 democratas se juntaram à maioria dos republicanos que votaram "sim". Três republicanos se alinharam aos democratas ao rejeitarem a medida.

O projeto de lei não deve se tornar lei, mas sua aprovação na Câmara mostra a profunda divisão dos EUA no ano eleitoral em relação às políticas sobre Israel.

O governo do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, tenta derrotar militantes que atacaram Israel no dia 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e tomando 253 reféns, de acordo com contagens israelenses.

Autoridades palestinas afirmam que pelo menos 35.272 civis morreram durante a campanha de Israel na Faixa de Gaza. A fome está disseminada e a maioria da população do enclave costeiro ficou desabrigada. A infraestrutura da região está destruída.

Republicanos acusaram Biden de dar às costas a Israel, após enfrentar grandes protestos pró-Palestina.

"Essa é uma decisão catastrófica, com implicações globais. Está sendo tomada, claro, com um cálculo político, e não podemos deixar isso acontecer", afirmou o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson. Os democratas também acusam o outro lado de politizar a questão, afirmando que os republicanos estão distorcendo a posição de Biden quanto a Israel.

"Não é um esforço legislativo sério, e é por isso que alguns dos membros mais ativos da bancada democrata pró-Israel vão votar 'não'", disse o líder do partido, Hakeem Jeffries, pouco antes da votação.

(Reportagem de Patricia Zengerle, reportagem adicional de Makini Brice)

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