Rússia, Irã e China devem utilizar IA para influenciar a eleição dos EUA, diz relatório

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos estão acompanhando a ameaça crescente de tentativas de influenciar a eleição de 5 de novembro via Rússia, Irã e China, incluindo o uso de inteligência artificial para disseminar informações falsas ou polêmicas, informou relatório anual de avaliação de ameaças dos EUA apresentado nesta quarta-feira.

Segundo relatório do Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS, em inglês), "agentes de influência" russos têm amplificado histórias sobre migrantes nos EUA em uma tentativa de alimentar a discórdia, usando inteligência artificial generativa para criar sites falsos que se passam por veículos de mídia autênticos dos EUA.

O relatório também destacou que o Irã tornou-se "cada vez mais agressivo em seus esforços de influência estrangeira". Em um exemplo, agentes iranianos se passaram por ativistas online para incentivar protestos relacionados ao conflito em Gaza.

Os EUA estão se preparando para uma eleição presidencial acirrada entre a vice-presidente Kamala Harris, democrata, e o ex-presidente republicano Donald Trump, o que pode intensificar as tensões partidárias e abrir oportunidades para que adversários estrangeiros tentem desestabilizar o processo democrático.

A avaliação do DHS prevê que Rússia, Irã e China "usarão uma combinação de táticas subversivas, secretas, criminosas e coercitivas para buscar novas oportunidades de minar a confiança nas instituições democráticas dos EUA e na coesão social interna".

Extremistas domésticos violentos representam outra séria ameaça, de acordo com o relatório. Trump já foi alvo de duas supostas tentativas de assassinato.

O DHS espera que extremistas domésticos tentem realizar ações violentas "com o intuito de semear medo entre eleitores, candidatos e funcionários eleitorais, além de interromper os processos eleitorais".

Entre esses agentes, criminosos solitários ou pequenas células motivadas por queixas relacionadas a raça, religião, gênero ou opiniões contra o governo representam a maior ameaça, segundo o relatório.

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