Conteúdo publicado há 1 mês

EUA entregam proposta de trégua ao Líbano, dizem fontes

A embaixadora dos Estados Unidos no Líbano apresentou nesta quinta-feira o esboço de uma proposta de trégua ao presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, com o objetivo de interromper o conflito entre o grupo armado Hezbollah e Israel, disseram duas fontes à Reuters.

Os EUA tentam chegar a um cessar-fogo para encerrar as hostilidades entre Israel, seu aliado, e o Hezbollah, que é apoiado pelo Irã. Os esforços, entretanto, ainda não surtiram efeito. Em setembro, Israel intensificou sua ofensiva aérea e terrestre contra o Líbano, após confrontos na fronteira, ocorridos em paralelo à guerra na Faixa de Gaza.

A embaixadora dos EUA, Lisa Johnson, encontrou-se nesta quinta-feira com Berri, um aliado do Hezbollah e canal diplomático com o grupo, para apresentar a primeira proposta de Washington em semanas, disseram duas fontes políticas libanesas.

"É um esboço para obter observações do lado libanês", disse uma das fontes à Reuters. Nenhuma delas pôde fornecer detalhes sobre o conteúdo da proposta.

A embaixada norte-americana em Beirute não comentou imediatamente sobre o fato.

Até agora, todas as iniciativas para um cessar-fogo se concentraram em uma melhor implementação da Resolução 1701 do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU), que encerrou a última rodada de conflitos entre o Hezbollah e Israel em 2006 e estipulou que o sul do Líbano deve estar livre de armas que não pertençam ao Estado libanês.

O Líbano endossou a resolução como saída para o conflito atual. Israel, contudo, exigiu que o país mantenha o direito de realizar qualquer ataque ao Hezbollah se o grupo violar as disposições da trégua ou representar uma ameaça a Israel.

Autoridades libanesas dizem que o direito à "ação direta" por parte de Israel não foi formalmente mostrado ao Líbano, mas que seria rejeitado por Beirute.

"A ideia de que Israel possa usar a força a qualquer momento é impensável", disse uma das fontes.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.