Musk se volta contra britânico Farage e diz que ele deveria renunciar ao cargo de líder do Partido Reformista

Por William Schomberg

LONDRES (Reuters) - Elon Musk disse que Nigel Farage deveria renunciar ao cargo de líder do Partido Reformista de direita, numa retirada abrupta do apoio do bilionário norte-americano ao ativista do Brexit que está tentando abalar novamente o establishment político britânico.

"O Partido Reformista precisa de um novo líder. Farage não tem o que é preciso", postou Musk em sua plataforma de mídia social X neste domingo, poucas horas depois de Farage descrevê-lo como um amigo que fez o partido parecer "legal".

Musk – um aliado próximo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump – aparentemente apoiou Farage e posou para uma fotografia com ele no mês passado.

O Partido Reformista obteve 4,1 milhões de votos (14% do total) e cinco assentos no Parlamento nas eleições nacionais britânicas de julho passado.

A mídia especulou recentemente que Musk poderia fazer uma grande doação em dinheiro ao partido para ajudá-lo a enfrentar os partidos Trabalhista e Conservador, dominantes.

Porém, Farage se distanciou dos comentários de Musk em apoio ao ativista britânico anti-imigração e antimuçulmano Stephen Yaxley-Lennon, conhecido pelo pseudônimo de Tommy Robinson, que cumpre pena de prisão por desrespeito ao tribunal.

Farage respondeu à postagem de Musk dizendo: "Bem, isso é uma surpresa! Elon é um indivíduo notável, mas receio discordar disso. Minha opinião continua sendo que Tommy Robinson não é adequado para o Partido Reformista e eu nunca traí meus princípios."

No mês passado, Musk apoiou o Alternativa para a Alemanha, um partido anti-imigração e anti-islâmico rotulado como extremista de direita pelos serviços de segurança alemães antes das eleições nacionais em fevereiro.

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Musk já tentou influenciar a política britânica e criticou diversas vezes o primeiro-ministro Keir Starmer.

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