Ataque jihadista no Níger deixa pelo menos 44 mortos, segundo autoridades

Militantes islâmicos mataram pelo menos 44 civis e feriram gravemente outros 13 durante um ataque a uma mesquita no sudoeste do Níger ontem (21), informou o Ministério da Defesa do país.

O ataque ocorreu durante as orações da tarde no vilarejo de Fombita, na comuna rural de Kokorou, que fica perto da região da tríplice fronteira entre Níger, Burkina Faso e Mali, conhecida como epicentro de uma insurgência jihadista na África Ocidental ligada à Al Qaeda e ao Estado Islâmico.

O Ministério da Defesa culpou o grupo EIGS, braço do Estado Islâmico, pelo ataque em um comunicado na noite de sexta-feira.

A Reuters não conseguiu entrar em contato com o EIGS para comentar o assunto.

Jihadistas fortemente armados cercaram uma mesquita, onde as pessoas haviam se reunido para orações durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã, e realizaram um "massacre de rara crueldade", segundo o comunicado.

Os agressores então incendiaram um mercado e casas antes de se retirarem, disse o ministério.

As tropas enviadas ao local forneceram um número provisório de 44 civis mortos e 13 gravemente feridos. Foram declarados três dias de luto nacional.

A insurgência na região do Sahel, na África Ocidental, começou quando militantes islâmicos assumiram o controle do território no norte do Mali após uma rebelião tuaregue em 2012.

Desde então, ela se espalhou para os vizinhos Níger e Burkina Faso e, mais recentemente, para o norte dos países costeiros da África Ocidental, como Togo e Gana.

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Centenas de milhares de pessoas foram mortas e milhões foram deslocadas à medida que os militantes conquistaram grupos, atacando cidades, vilarejos, postos militares e policiais e comboios do Exército.

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