Coronavírus: Maduro impõe nova "quarentena radical" à Venezuela após aumento de casos
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou ontem um novo e rígido lockdown para todo o país, com o objetivo de tentar frear a progressão do coronavírus. O número de casos confirmados ultrapassou 20 mil no fim de semana.
"Vamos realizar uma quarentena radical em toda a Venezuela", afirmou Maduro em uma alocução transmitida pela televisão estatal. O presidente fez um apelo para que toda a população participe dos esforços e continue aplicando as medidas básicas de proteção para evitar a propagação da doença.
A "quarentena radical" da Venezuela é aplicada dentro de um sistema de lockdown chamado de "7+7", em vigor desde junho. Ele ocorre dentro de sete dias de confinamento total, seguidos por sete dias de flexibilização. O método permite que atividades de setores econômicos essenciais, como o da alimentação, saúde e segurança, não deixem de funcionar.
Locais considerados de risco - como a capital Caracas, epicentro da covid-19 no país - além dos estados de Miranda e La Guaira cumprem a "quarentena radical" desde 15 de julho. A partir de 10 de agosto, uma semana de "flexibilização" do lockdown será realizada em todo o país, garantiu o presidente venezuelano durante o pronunciamento.
Maduro também fez um apelo para que os migrantes venezuelanos que voltarem do Chile, Equador e Peru o façam através de vias legais, para evitar mais contágios. Por fim, pediu a união do povo para combater o vírus. "Vamos ganhar a batalha contra o coronavírus. É tempo de união, de perseverança. Faço um apelo pela união para proteger a vida de nosso povo", reiterou.
Mais de 20 mil contaminações
A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, anunciou no domingo 763 novos casos, além de cinco novos óbitos por coronavírus na Venezuela. O país registra, assim, o total de 20.206 contaminações e 174 mortes desde o início da crise sanitária.
Segundo ela, 633 casos dizem respeito a transmissões comunitárias e 130 são "importados" da Colômbia, Equador, Peru e Chile. O maior número de contaminações foi registrado em Caracas, que atualmente conta com 3.354 casos ativos de covid-19.
Rodríguez destacou que entre os casos registrados, 79% são assintomáticos. Já as cinco novas vítimas fatais têm entre 29 e 66 anos.
Com 30 milhões de habitantes, a Venezuela é acusada por Ongs humanitárias de dissimular números verdadeiros sobre as contaminações e mortes por covid-19. Na última quinta-feira (30), Maduro reconheceu o aumento de casos, especialmente na capital: "O coronavírus anda como louco por lá".
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