Vacinação em massa e plano econômico garantem a Biden início de mandato melhor que o esperado
O governo americano vem surfando na onda da expansão da aplicação da vacina no país e na recuperação econômica. Dois pilares principais (e relativamente óbvios) são a essência da recuperação americana: a vacinação em massa expandido em cada estado americano e com, cada vez menos, barreiras para que um indivíduo se vacine.
No sábado passado, por exemplo, quase 5 milhões de americanos foram vacinados. O segundo pilar é o gigantesco auxílio emergencial de quase US$ 2 trilhões, seguido pelo volumoso pacote de infraestrutura que supera US$ 1 trilhão.
Esses dois elementos se mostraram chave para que os Estados Unidos demonstrassem um poder de recuperação maior do que o da Europa, por exemplo, que sofre com a distribuição e acesso à vacinas. No entanto, nem tudo está totalmente controlado nos Estados Unidos. Em alguns estados do meio-oeste americano, casos estão aumentando, como em Michigan, por exemplo. A sensação de normalização acaba levando não vacinados a ignorar certos procedimentos básicos.
Por conta do pacote de auxílio e da retomada da economia, o Fed americano não vê necessidade de aumentar a taxa de juros. Ao mesmo tempo, vê o desemprego como o ponto a ser focado (taxa de 6%).
Início de mandato melhor do que o esperado
O Presidente Joe Biden tem em suas mãos uma oportunidade de ter um primeiro ano de governo melhor do que ele próprio esperava. A logística da vacinação vem funcionando melhor do que o esperado, assim como a aprovação dos dois pacotes no Congresso mostram que a relação com Republicanos (e principalmente a unidade entre Democratas) está melhor do que imaginado. Um dos pontos que uniu mais a Casa Branca e Republicanos, está sendo a forma como o governo está mantendo um tom forte contra a China.
A reunião entre Anthony Blinken e Wang Jieche no Alasca caiu muito bem entre Republicanos, que não demonstraram o ímpeto esperado por parte dos assessores de Biden na aprovação do pacote de infraestrutura. A leitura é que a manutenção do tom forte contra a China na política externa, melhora a condição de negociação na política doméstica. Isso é um grande indicativo para os próximos meses.
Devido a esse impacto positivo que o tom forte contra a China produz domesticamente, há uma grande dúvida sobre a possível viagem que John Kerry, tsar americano para assuntos climáticos, fará a China nos próximos meses. O peso das palavras de Blinken caíram muito bem. A sutileza das possíveis palavras de Kerry poderia gerar um efeito inverso entre Republicanos, que estão sempre observando uma razão prática e concreta para reiniciar uma forte oposição ao governo Biden.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.