Covid: Temendo saturação em hospitais, França vai aplicar 3ª dose de vacina
Uma terceira dose da vacina contra a covid-19 deve ser proposta às pessoas a risco a partir de setembro na França, declarou nesta segunda-feira (23) o ministro da Saúde Olivier Véran. O governo francês teme o aumento de casos com o fim das férias e a volta às aulas.
Uma terceira dose da vacina contra a covid-19 deve ser proposta às pessoas a risco a partir de setembro na França, declarou nesta segunda-feira (23) o ministro da Saúde Olivier Véran. O governo francês teme o aumento de casos com o fim das férias e a volta às aulas.
O ministro, que solicitou um parecer da HAS (Alta Autoridade de Saúde) da França, espera que a recomendação de uma nova dose às pessoas com mais de 65 anos e aos imunodeficientes seja feita nos próximos dias. Estes grupos da população já são aconselhados a tomar a vacina contra a gripe anualmente.
"Haverá um prazo de seis meses entre a segunda e a terceira doses, que será aberta no começo de setembro", precisou em entrevista a uma tevê francesa.
Pico das hospitalizações
Véran também afirmou que o pico de hospitalizações em UTIs pode ser atingido nos próximos dias. A vacinação poderia, de acordo com o ministro, evitar a saturação dos hospitais. A França tem 2.215 pacientes de Covid-19 em UTIs nesta segunda-feira, o que representa um aumento de 87 internações em 24 horas. Um número que continua longe do pico da terceria onda.
"É o resultado da vacinação e do passaporte sanitário", afirmou Véran, que agradeceu a forte adesão dos franceses às medidas sanitárias. Mas o ministro também alertou para as consequências da volta dos franceses que passaram as férias de verão no hemisfério norte no sul do país, onde a epidemia é mais forte, em regiões que tinham sido relativamente pouco atingidas pela quarta onda.
"A urgência absoluta é que 15% dos franceses restantes (não vacinados) sejam vacinados", lembrou Véran.
Países como Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Israel já manifestaram intenção ou começaram a administrar a terceira dose da vacina. Na França, aproximadamente 5 milhões de pessoas serão abrangidas pelo reforço. Mas a decisão vai contra o alerta da OMS de priorizar os países que ainda não tiveram acesso às primeiras doses, para que as desigualdades mundiais não sejam acentuadas.
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