Trabalhadores de Nova York são obrigados a se vacinar contra a covid a partir de hoje
A partir de hoje, entra em vigor a polêmica medida da cidade de Nova York de obrigar os funcionários municipais, professores e empregados no setor privado a se vacinarem contra a covid-19. Quem descumprir a determinação corre o risco de ter de pagar uma multa de US$ 1.000 (R$ 5,6 mil).
Para o prefeito Bill de Blasio, a vacinação obrigatória visa enfrentar a nova onda de contaminações pelo coronavírus, com a expansão da variante ômicron, mais contagiosa. O país registra cerca de 190 mil novos casos da doença por dia, conforme dados da universidade Johns Hopkins.
Neste contexto, numa loja de souvernirs em Manhattan, o gerente Said não vê problema em exigir a vacinação dos seus funcionários - que já estão todos imunizados. "É assim, mesmo, precisamos seguir as regras. Tudo o que eu quero é manter a loja aberta, então vacinem-se e venham comprar aqui", brincou o comerciante, que avalia que a medida se mostra necessária para setores como o seu, que mantêm contato frequente com os clientes.
"Algumas pessoas continuam totalmente contra a vacina, então é uma boa ideia", afirmou, à RFI.
No total, 184 mil empresas são atingidas pela nova obrigação vacinal. Caberá aos patrões garantir que seus funcionários estejam imunizados e, se algum se recusar a tomar as injeções, poderá ser demitido ou ficar em trabalho remoto. A decisão caberá ao empregador, que deve poder fornecer às autoridades sanitárias um registro com as informações vacinais de seus empregados.
Mike, trabalhador na construção civil, se opõe à medida, embora tenha aceitado se vacinar "nos próximos dias". "A América é isso: liberdade de escolha. As crianças podem ser guiadas pelos seus pais, mas nós somos adultos! Eu tenho 58 anos", protestou. Até o momento, 90% dos moradores de Nova York já tomaram pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19.
Quarta dose em Israel
Em Israel, o Centro Médico Chaim Sheba, na periferia de Tel Aviv, iniciou hoje uma campanha de reforço vacinal com a administração de uma quarta dose para seus 150 funcionários. A iniciativa, anunciada ontem pelo estabelecimento, visa contribuir para a análise aprofundada sobre a necessidade, ou não, de uma segunda campanha nacional de reforço da imunização contra a covid.
A questão é debatida em nível mundial, diante do avanço da variante ômicron. Israel, o primeiro país a vacinar a sua população contra a doença, já registrou mais de 1.120 casos da cepa.
Um comitê de especialistas que atuam junto ao Ministério da Saúde israelense recomendou uma quarta dose da Pfizer/BioNTech para as pessoas com mais de 60 anos e que já aplicaram um primeiro reforço há até no máximo quatro meses. O diretor-geral de Saúde ainda deve se pronunciar sobre essas recomendações.
"Vamos examinar os efeitos de uma quarta dose no nível de anticorpos e morbidade, e avaliar a sua inocuidade", declarou o diretor de pesquisas do Chaim Sheba, Gili Regev-Yochay. Os funcionários que participam do ensaio clínico receberam uma terceira dose depois do dia 20 de agosto deste ano.
Com informações da correspondente da RFI em Nova York, Loubna Anaki, e Reuters
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