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Covid: Coreia do Sul registra novo recorde de casos e é o país com mais contaminações

17.mar.2022 - Pessoas aguardam na fila para fazer teste de covid-19 em Seul, na Coreia do Sul - Jung Yeon-je/AFP
17.mar.2022 - Pessoas aguardam na fila para fazer teste de covid-19 em Seul, na Coreia do Sul Imagem: Jung Yeon-je/AFP

17/03/2022 11h02

A Coreia do Sul registrou hoje um novo recorde diário de casos de covid-19, com mais de 620.000 infecções, mas as autoridades alegam que o país está perto do pico da onda de contágios provocada pela variante ômicron. De acordo com os dados da OMS, a Coreia do Sul é o país com mais casos registrados nos últimos sete dias no mundo, com 2.417.174 contágios registrados, seguido pelo Vietnã com 1.776.045.

Os 621.328 casos registrados hoje representam o maior número em 24 horas na Coreia do Sul desde o início da pandemia.

Porém, os casos graves e mortes permanecem em níveis reduzidos no país de 52 milhões de habitantes, onde a maioria dos adultos está com o esquema de vacinação completo e a dose de reforço, segundo o governo.

Desde o início da pandemia em 2020, 11.481 pessoas morreram de covid na Coreia do Sul, segundo as autoridades de saúde. A taxa total de letalidade neste país ficou em 0,14% nesta quinta-feira, contra 0,05 a 0,1% para a gripe sazonal, segundo estatísticas oficiais.

O aumento nos casos relacionados à ômicron e suas consequências econômicas representarão um desafio para o novo presidente eleito da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, que venceu por pouco a eleição na semana passada.

Em fevereiro, Seul abandonou sua política de "rastrear, testar e tratar pessoas positivas". O país continuou a relaxar suas regras de distanciamento social, sob pressão de pequenos empresários que dizem que as restrições impostas nos últimos dois anos para lidar com a Covid levaram seus negócios à beira da falência.

China enfrenta pior surto desde 2020

Na China, presidente chinês Xi Jinping ordenou nesta quinta-feira que continue a política de zero covid, enquanto o país enfrenta seu pior aumento epidêmico, desde a primeira onda de 2020.

Enquanto vozes clamam nos últimos meses por um relaxamento das restrições, o poder comunista celebra sua política de saúde como prova da superioridade de seu sistema político, em comparação com o surto epidêmico no resto do mundo.

Assim que surge um caso de covid, as autoridades impõem medidas rigorosas de contenção e realizam rastreios massivos e repetidos à população. A rígida política de zero Covid permitiu que a China limitasse seu número de mortos a menos de 5.000, desde o início da pandemia.

Mas a variante ômicron está na origem de um ressurgimento da epidemia, que afetou 2.432 pessoas nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde, um número considerado alto para a China.

"Devemos sempre colocar as pessoas e suas vidas em primeiro lugar, manter a política de zero covid e conter a propagação da epidemia o mais rápido possível", ordenou o presidente Xi Jinping nesta quinta-feira, segundo declarações divulgadas pela televisão pública.

Esta declaração vem em um momento em que dezenas de milhões de chineses estão confinados em todo o país. No espaço de poucos dias, pelo menos 17 cidades foram colocadas em quarentena, incluindo a metrópole tecnológica de Shenzhen (sul), povoada por 17,5 milhões de habitantes.

(Com informações da AFP)