Ex-ministro das Finanças Rishi Sunak é dado como favorito para se tornar novo premiê do Reino Unido
Em busca de um novo primeiro-ministro, o quinto em sete anos, o Reino Unido aguarda as cenas do próximo capítulo e uma história que mais parece uma daquelas novelas tumultuadas e cheias de emoções. A pessoa que vai substituir Liz Truss pode ser indicada ainda hoje pelos conservadores.
Desde a queda de Liz Truss, a premiê que menos tempo ocupou o cargo na história do país, o partido conservador tenta encontrar um nome de consenso para substitui-la e enfrentar a crise econômica agravada pelas incertezas políticas e medidas atrapalhadas adotadas por ela em seus 44 dias de governo.
O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak é o franco favorito e já conta com o apoio de mais de 140 votos dos seus correligionários na legenda. Em segundo lugar vem Penny Mordaunt, ex-ministra da defesa e líder da bancada governista no Parlamento, com cerca de 30 votos. Ela foi a primeira a se apresentar para a vaga.
Até o final da noite de domingo (23), o ex-premiê Boris Johnson estava no páreo e parecia entusiasmado. Curiosamente, depois de renunciar em 7 julho, após uma sucessão de escândalos que o levaram a perder confiança e credibilidade, parecia ter chances de levar. No próprio domingo, Johnson, que voltara de férias do Caribe especialmente por conta da confusão política, se reuniu por horas com Sunak, e acabou desistindo da competição.
Dentro do partido, embora encontrasse apoio, Johnson é ponto de discórdia. Muitos integrantes da sigla ameaçaram deixar a legenda caso ele se confirmasse candidato.
Desafios pela frente
Sunak pode ser anunciado como o novo líder do partido e primeiro-ministro do Reino Unido ainda hoje. Seu desafio está em buscar unidade entre os conservadores, o que não se vê desde o Brexit, e enfrentar a disparada do custo de vida, com a maior alta da inflação dos últimos 42 anos.
Inicialmente, a previsão era a de que o resultado da disputa seria anunciado na próxima sexta-feira (28). Mas o partido tem pressa, pois precisa mostrar estabilidade ao país. Do desempenho do novo primeiro-ministro depende o futuro do partido conservador, que enfrentará eleições gerais, em princípio em 2024.
A oposição trabalhista, no entanto, defende que não há clima para que os conservadores escolham um novo premiê, que a legenda vive um caos absoluto e que é preciso antecipar as eleições, que, se fossem hoje, seriam vencidas pelos trabalhistas.
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