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Agente de segurança é morto em ataque diante da embaixada do Brasil na Tunísia

Ministério do Interior da Tunísia afirmou que se trata de um "ato criminoso" e que a hipótese de um ato terrorista foi descartada. - Mohamed KHALIL / AFP
Ministério do Interior da Tunísia afirmou que se trata de um "ato criminoso" e que a hipótese de um ato terrorista foi descartada. Imagem: Mohamed KHALIL / AFP

19/06/2023 10h16

Um agente de segurança que fazia plantão diante da embaixada brasileira em Tunísia morreu após ser esfaqueado na segunda-feira (19). Tiros foram disparados e o agressor foi detido. O Ministério do Interior da Tunísia não deu detalhes sobre a nacionalidade da vítima, afirmando apenas que se trata de um "ato criminoso", e que a hipótese de um ato terrorista foi descartada.

O segurança "foi ferido por um objeto pontiagudo por um indivíduo quando o questionou sobre os motivos de sua presença no perímetro da embaixada", indicou o ministério. A polícia abriu fogo contra o agressor, ferindo-o na perna, antes de detê-lo. O autor do ataque, cuja identidade não foi divulgada, foi hospitalizado.

O agente de segurança morreu no hospital logo depois, informou à AFP o porta-voz do Ministério do Interior, Faker Bouzghaya. Segundo ele, o agressor sofria de "doença mental" e trata-se de "um ato criminoso não relacionado ao terrorismo".

A imprensa local informou que um perímetro de segurança foi instaurado nos arredores do prédio da embaixada brasileira e que uma das pontes que dá acesso ao local chegou a ser fechada. Contactada pela RFI, a representação diplomática do Brasil na capital tunisiana não confirmou as informações e não quis dar detalhes sobre o caso.

Ameaças jihadistas

Após a revolta popular de 2011 que causou a queda do ditador Zine El Abidine Ben Ali e foi o estopim da chamada Primavera Árabe, a Tunísia experimentou um aumento de grupos jihadistas. Vários ataques foram perpetrados desde então, tirando a vida de dezenas de turistas e forças de segurança.

As autoridades afirmam ter feito progressos significativos na luta contra os jihadistas nos últimos anos. Mas no mês passado, um tiroteio foi registrado perto de uma sinagoga na ilha de Djerba. Três policiais e dois fiéis - um israelense-tunisiano e um franco-tunisiano - foram mortos a tiros pelo agressor, que foi abatido pela polícia.

(Com AFP)