Papa Francisco faz apelo à paz no Haiti, vítima da violência de gangues

O papa Francisco "acompanha com preocupação e dor" a situação no Haiti, onde gangues criminosas provocam o caos há semanas, e apelou à paz e à reconciliação. "Acompanho com preocupação e dor a grave crise que afeta o Haiti e os episódios violentos dos últimos dias", declarou o soberano pontífice, de 87 anos, após a oração do Angelus neste domingo (10).

"Estou próximo da Igreja e do querido povo haitiano que tanto sofreu durante anos", acrescentou, antes de apelar a todas as partes para que trabalhem em prol da paz e da reconciliação, "com o apoio renovado da comunidade internacional".

As gangues criminosas, que controlam a maior parte da capital e as estradas que levam ao resto do território, atacam há dias esquadrões de polícia, prisões e tribunais. Num contexto em que o primeiro-ministro Ariel Henry está ausente do o país e é contestado por parte da população, o governo tem se mostrado incapaz de conter a onda de violências.

As informações mais recentes apontam que Henry estaria preso no território americano de Porto Rico, após uma viagem ao exterior.

Estado de emergência

O governo haitiano declarou estado de emergência no departamento ocidental, que inclui a capital Porto Príncipe, e um toque de recolher noturno, difícil de ser aplicado por agentes de segurança já sobrecarregados pela atual situação no país.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), da ONU, 362 mil pessoas - das quais mais da metade são crianças - estão atualmente deslocadas no Haiti, um número que aumentou 15% desde o início do ano.

(Com informações da AFP)

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