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Promotoria pede à Polícia Civil que abra inquérito para investigar advogada de Lindemberg

A advogada Ana Lúcia Assad deixa Fórum de Santo André sob vaias após sessão do julgamento de Lindemberg Alves - Leandro Moraes/UOL
A advogada Ana Lúcia Assad deixa Fórum de Santo André sob vaias após sessão do julgamento de Lindemberg Alves Imagem: Leandro Moraes/UOL

Do UOL, em São Paulo

15/03/2012 16h58Atualizada em 16/03/2012 07h01

A promotora de Justiça Iusara Brandão de Almeida, da Promotoria Criminal de Santo André (Grande SP), vai pedir à Polícia Civil que instaure inquérito para analisar a conduta de Ana Lúcia Assad, advogada de Lindemberg Alves, 25, durante o julgamento do réu, condenado a 98 anos e dez meses pela morte de Eloá Pimentel, em 2008.

Na ocasião do julgamento, Assad disse que a juíza Milena Dias precisava “voltar a estudar”, após a magistrada negar um pedido da advogada para fazer um questionamento. Na época, a promotora do caso, Daniela Hashimoto, afirmou que a advogada foi desrespeitosa e que sua conduta poderia ser caracterizada como desacato à autoridade.

Na sentença de julgamento, a juíza citou a afirmação de Assad, a qual considerou “jocosa, irônica e desrespeitosa” e a caracterizou de “crime contra honra”.

Milena Dias também lembrou, na sentença, do momento em que a advogada, para demonstrar que estava se sentindo ameaçada, exibiu no julgamento um colete à prova de balas –cujo uso está sujeito à regulamentação legal e específica.

A juíza pediu para que uma cópia da sentença fosse encaminhada ao Ministério Público para investigar a postura da advogada de Lindemberg.

Nesta semana, a promotora Iusara Brandão de Almeida leu a ata do julgamento antes de pedir à Delegacia Seccional de Santo André que investigue o caso.