Termina resgate das vítimas de queda de helicóptero em Goiás; oito pessoas morreram

Os corpos das vítimas do acidente com o helicóptero da Polícia Civil que matou oito pessoas na tarde de terça-feira (8) chegaram hoje a Goiânia. Além de piloto e copiloto, a aeronave transportava cinco delegados da Polícia Civil e Aparecido Sousa Alves, 22, acusado de degolar sete pessoas em uma fazenda em Doverlândia (GO). Eles caíram após fazer uma reconstituição da chacina ocorrido no último dia 28.

Até a tarde desta quarta-feira, apenas um dos mortos havia sido reconhecido. O delegado Vinícius Batista da Silva, 33, que atuava em Iporá (GO), foi resgatado na noite de ontem, após ser identificado pelo delegado regional da Delegacia de Polícia Civil de Piranhas, Cleiton Giovani Colodete, que reconheceu as roupas do colega. 

Os outros sete mortos --Jorge Moreira (delegado titular da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas), Antônio Gonçalves (superintendente da Polícia Judiciária), Osvalmir Carrasco (chefe do Grupo Aeropolicial, que pilotava o helicóptero), Bruno Carneiro (chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial e co-piloto), os peritos  Fabiano de Paula Silva, lotado em Iporá, e Marcel de Paula Oliveira, lotado em Quirinópolis, e o autor da chacina em Doverlândia, Aparecido Sousa Alves-- foram transportados em aeronaves de Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. 

A utilização das aeronaves de outros Estados foi um pedido da delegada-geral da Polícia Civil, Adriana Accorsi, para que o transporte dos corpos seja realizado ao mesmo tempo. Equipes da Polícia Técnico-Científica acionaram as famílias das vítimas para a coleta de amostras de DNA para a identificação das vítimas.

O acidente

O acidente aconteceu na zona rural, a 25 km do município da Piranhas, na região de Doverlândia, quando a aeronave retornava para a capital. Não chovia no momento. Na queda, o helicóptero modelo AW 119 Koala explodiu e caiu na fazenda Afonso Junqueira, no bairro Indaiá, por volta das 15h40. Segundo relato de peões da região, a aeronave teria rodopiado. Assim que caiu, houve a explosão. Entre as vítimas, alguns corpos ficaram carbonizados e decapitados.

A chacina

Os delegados e agentes da Polícia Civil participavam da reconstituição da chacina, que ocorreu numa fazenda em Doverlândia, no dia 28 de abril, quando sete pessoas foram degoladas. Aparecido Souza Alves confessou os assassinatos. Em depoimento, chegou a dizer que matou as sete vítimas sozinho. A polícia investigava se outras três pessoas teriam participado dos assassinatos do dono da fazenda e o filho dele, um caseiro da propriedade e dois casais que haviam ido visitar o fazendeiro.