No Rio, manifestantes se reúnem para limpar áreas depredadas no centro
Após um protesto que levou 100 mil pessoas ao centro do Rio de Janeiro na segunda-feira (17) e acabou em conflito com a polícia depois que um grupo tentou invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), manifestantes se reuniram pelas redes sociais para ajudar a limpar a região.
O estudante de economia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Ivan, 24, que participou do ato ontem e foi nesta terça (18) à Alerj ajudar no mutirão, diz que o principal objetivo do grupo é mostrar que os atos de vandalismo praticados por alguns manifestantes não representam o movimento.
“Viemos aqui voluntariamente para ajudar no que for possível e mostrar esse outro lado da manifestação que a maioria das pessoas que foram à [avenida] Rio Branco ontem participou: pacífica e sem violência”, afirmou.
Ivan atendeu ao chamado do Desoccupy Alerj, que pedia aos internautas que levassem sacos de lixo, vassouras, removedores de tinta em spray e outros materiais de limpeza para minimizar os danos causados ao patrimônio público. “Se cem babacas depredam um patrimônio, então acredito que 100 mil podem reconstruí-lo”, conclama o movimento no Facebook, pedindo que os manifestantes limpem o que puderem.
Segundo Ivan, apenas dez pessoas compareceram ao chamado. Eles se esforçaram em ajudar os funcionários da Comlurb e serviram café. A Secretaria Municipal de Conservação informou que 110 garis participaram da operação de limpeza do centro, que começou às 2h30. Foram destruídos 19 cestos de lixo.
Protestos contra o aumento da tarifa do transporte coletivo
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Pela internet, um grupo de manifestantes também se reúne para arrecadar dinheiro para um dos motoristas que teve o carro depredado. O veículo pertencia ao operador de áudio Fabrício Ferreira, que viu da janela do edifício da Rádio Manchete, na rua da Assembleia, o momento em que seu carro explodiu. O carro de Ferreira, um Ford Versailles 1993, foi comprado no ano passado, e ele ainda estava pagando as prestações.
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- http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/06/13/voce-e-a-favor-da-repressao-policial-a-manifestantes.js
Prejuízos
O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PDMB), estimou que o prejuízo causado na sede do Legislativo fluminense foi de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões. Segundo Melo, 30% dos vidros franceses da parte de trás do prédio e várias vidraças dentro do Palácio Tiradentes foram quebradas pelos manifestantes. O mobiliário no salão nobre da casa também foi danificado. Além do prédio da Alerj, também ocorreram atos de vandalismo no Paço Imperial e na Igreja de São José, que ficam no entorno. "O maior prejuízo foi imaterial. (...) Até na época da ditadura, quando se lutava pela democracia, as pessoas preservavam o patrimônio histórico", afirmou Melo.
"Mas a prova cabal de que a passeata foi pacífica é que ela terminou na Rio Branco. Seria desonesto não separar a passeata ordeira da Rio Branco com os vandalismos que ocorreram na Alerj. (...) Eu me nego a usar a nomenclatura de protesto [para definir os atos de vandalismo que ocorreram no prédio da Assembleia Legislativa]", disse o deputado.
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