Jovem que se reuniu com Cabral é hostilizado em protesto no Rio e recebe proteção policial
Cerca de 500 pessoas se reuniram em manifestação na rua onde mora o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul da capital fluminense, na noite desta quinta-feira (4). Por volta das 20h, Eduardo Oliveira, que participou de um encontro com o governador, chegou ao protesto e foi ameaçado pelos manifestantes, que correram em sua direção. Ele foi chamado de "infiltrado" e "traidor" e foi tirado da multidão por um PM, que o levou para trás do cordão de isolamento, feito na na entrada da rua Aristides Espínola.
Na última quinta-feira (27), cinco pessoas que disseram ter acampado na Delfim Moreira participaram de uma audiência com o governador no palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul, entre eles Oliveira, que disse que o grupo não tinha uma pauta de reivindicações pronta para tratar com Cabral.
Na porta do palácio, o ator Vinícius Fragoso, 20, disse que Oliveira nunca acampou na porta da casa do governador e "é um infiltrado que está tentando desestabilizar o grupo". Fragoso chegou ao local acompanhado de dois membros do grupo que permanece no Leblon.
Mais cedo, a advogada Gerusa Lopes, 30, distribuiu guardanapos para as pessoas que participam do protesto. "Comprei e cortei 88 guardanapos, para as pessoas colocarem na testa e fazerem alusão ao jantar que o Cabral teve com o Cavendish, em Paris. Tudo com o nosso dinheiro", diz ela, que ficou dois dias acampada na porta da residência do governador, em junho. "É provável que o pessoal queira ficar aqui hoje."
Os manifestantes ocuparam a avenida Delfim Moreira. A avenida Niemeyer, no sentido Leblon, também foi itnerditada. Segundo o Centro de Operações, a opção para os motoristas é Autoestrada Lagoa-Barra. Cerca de 70 PMs fazem o patrulhamento de quatro quarteirões na área.
O objetivo do protesto é pedir o impeachment do governador e manifestar "repúdio à brutalidade policial". Criado pelo perfil "Anonymous Rio", o ato é solidário ao "Ocupe Delfim Moreira", mas não está sendo organizado diretamente pelos integrantes do movimento, segundo um dos porta-vozes da ocupação, o bacharel em direito Bruno Cintra, 29.
Incomodado
O governador disse nesta quinta que se sentiu incomodado com os manifestantes que acamparam durante dias na rua onde mora. Para ele, manifestações devem ser sempre respeitadas. "Deve haver tolerância e respeito, mas isso não tem nada a ver com acampamento na rua –nem na [avenida] Delfim Moreira, nem na Aristides Espíndola, nem na Irineu Marinho, nem na rua Riachuelo, nem na avenida Copacabana ou na avenida Brasil. Em lugar nenhum, pode-se tolerar o impedimento do direito de ir e vir."
Qual deve ser o principal tema dos próximos protestos no Brasil?
O governador disse que tem ficado em casa nas duas últimas semanas, desde quando o acampamento foi instalado, e reclamou dos transtornos. "Eu lamento, porque tenho filhos pequenos, grandes, família, que ficam preocupados." Cabral reforçou que manifestações contra o governo devem se feitas pacificamente, em frente à sede do governo, o Palácio Guanabara, em Laranjeiras.
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