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Carroceiro tem 63% do corpo queimado após ataque enquanto dormia em praça no DF

Praça onde o carroceiro e morador de rua Edvan Lima da Silva, 48, foi queimado na madrugada desta quinta-feira (1º) - Marcelo Ferreira/D.A Press
Praça onde o carroceiro e morador de rua Edvan Lima da Silva, 48, foi queimado na madrugada desta quinta-feira (1º) Imagem: Marcelo Ferreira/D.A Press

Ana Paula Rocha*

Do UOL, em São Paulo

01/08/2013 11h57

O carroceiro e morador de rua Edvan Lima da Silva, 48, teve 63% do corpo queimado após um homem jogar combustível em uma fogueira que aquecia Silva e outras pessoas que dormiam próximas a ele. O crime aconteceu na madrugada desta quinta-feira (1º), por volta das 4h30, em Guará, região administrativa de Brasília. O grupo dormia em uma praça entre as quadras 14 e 16.

De acordo com o delegado da 4ª DP de Guará, Jeferson Lisboa, as investigações preliminares indicam que o ataque não era direcionado a Silva. Lisboa acredita que o alvo era outro carroceiro que dormia perto dele. Três moradores de rua teriam se aproximado do grupo que estava na praça, quando um deles teria jogado o combustível na fogueira. Até o momento ninguém foi preso.


A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informa que o carroceiro deu entrada na Unidade de Queimados do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) em estado grave.

De acordo com o mais recente boletim médico, dos 63% do corpo queimado, 27% têm queimadura de terceiro grau. O estado dele é estável e ele respira com ajuda de uma máscara de oxigênio.

O delegado explica que a Polícia Civil na cidade tem uma relação de carroceiros cadastrados e que Silva era um deles. De acordo com ele, Silva nunca esteve envolvido em nenhuma ocorrência na cidade. 

O morador de rua Luiz Antônio Silva, 42 anos, e amigo de Edivan, disse que eles estavam deitados no chão da praça quando foram observados por três homens que, em seguida, jogaram gasolina em cima deles. Ele conta que conseguiu escapar porque não estava dormindo, mas que chegou a ser perseguido por um dos homens.

Luiz Antônio disse ainda que Edivan não tem inimigo e é uma pessoa tranquila. Os moradores da quadra vizinha à praça disseram que a vítima colaborava com todos e não causava problemas. (Com Agência Brasil)