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Sirenes de 49 comunidades no Rio são acionadas por risco de deslizamento

Do UOL, no Rio

11/12/2013 11h21Atualizada em 11/12/2013 16h42

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que as sirenes de 49 comunidades foram disparadas a partir das 4h55 devido aos riscos de deslizamentos de encosta por causa das fortes chuvas que atingiram a cidade entre a noite de terça-feira (10) e a manhã desta quarta (11).

Os moradores foram orientados por agentes comunitários e da Defesa Civil a se dirigiram aos pontos de apoio distribuídos pelas comunidades. Em Jacarepaguá/Tanque, choveu 62,8 mm em apenas uma hora.  Por volta das 12h20, todas as sirenes foram desligadas, e os moradores retornaram para suas casas.

Foram acionadas as sirenes de Adeus, Alemão, Andaraí, Baiana, Barão, Barro Vermelho, Cachoeira Grande, Cachoeirinha, Caixa d'água, Caracol, Cariri, Comandante Luis Souto, Cotia, Dona Francisca, Engenho da Rainha, Espirito Santo, Frei Gaspar, Guaíba. Ignácio Dias, Joaquim de Queiroz, Juramento, Lauderine Freire, Macacos, Matriz, Morro da Fé, Morro do Céu, Nossa Senhora da Guia, Nova Brasília, Nova Divinéia, Palmeiras, Parque Alvorada, Parque Nova Maracá, Parque Proletário, Grotão, Parque Silva Vale, Parque Vila Isabel, Pianco, Pretos Forros, Queto, Quiririm, Rua Brício de Moraes, Santa Terezinha, Sapê, Sereno, Tuiuti, Telégrafos, Vila Cabuçu, Vila José de Anchieta e Vila Pequiri. 

As bacias de Jacarepaguá e da Baía de Guanabara seguem em Estágio de Alerta, terceiro nível em uma escala de quatro, e que significa a possibilidade de chuva forte e deslizamentos nas próximas horas.

Transtornos

Os ramais de trem Saracuruna e Belford Roxo foram fechados pela SuperVia. No ramal Japeri, os trens circulam apenas entre Austin e Central. Uma queda de muro na estação Piedade, na zona norte da cidade, provoca atraso em outras três linhas (Deodoro, Santa Cruz e Japeri). A linha 2 do MetrôRio também não está operando no trecho entre Pavuna e Colégio.

Em Nova Iguaçu, o pedreiro Martim Mesquita da Silva, 50, foi arrastado pela correnteza do rio que corta Austin, na Baixada Fluminense. Ele está desaparecido desde a madrugada, e os bombeiros de Nova Iguaçu fazem buscas pela região.

Na mesma localidade, houve um desabamento no qual uma pessoa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, segundo a assessoria da corporação. Ela foi encaminhada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. Outras ocorrências da mesma natureza foram registradas em Nilópolis, também na Baixada Fluminense, em Anchieta e em Realengo, nas zonas norte e oeste da capital, respectivamente.

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Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, as ocorrências de Anchieta e de Realengo são as mais críticas. Em entrevista à "Globo News", o oficial afirmou que, em Realengo, há dois feridos, sendo que um deles está parcialmente soterrado. Os bombeiros trabalham para resgatá-lo. Já em Anchieta, uma pessoa ficou ferida.

O aeroporto Santos Dumont ficou fechado para pousos até as 9h30, e agora opera por instrumentos. Alguns voos foram desviados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, que também opera com auxílio de instrumentos, e quatro foram cancelados.

Há vários pontos de alagamento em vias da cidade, o que provoca grandes engarrafamentos. A avenida Radial Oeste, por exemplo, uma das principais vias de ligação da zona norte com o centro da capital, ficou fechada até as 10h30 por causa de bolsões de água.

Houve alagamentos também na avenida Brasil, principal via de ligação da zona oeste com o centro, que ficou interditada por cerca de uma hora e meia, em ambos os sentidos, na altura do Trevo das Margaridas, o que complicou os engarrafamentos que já são rotineiros no local. A previsão é chuva moderada a forte, com a ocorrência de ventos nas próximas horas, de acordo com o Centro de Operações.