Chuva forte no Rio fecha linhas de trem e Metrô; homem está desaparecido
Voltou a chover forte na manhã desta quarta-feira (11) no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense. Devido ao temporal, a cidade ficou em estágio de alerta --o terceiro nível em uma escala de quatro-- nas bacias de Jacarepaguá e da Baía de Guanabara até as 11h10, quando voltou para o estado de atenção, e os ramais de trem Saracuruna e Belford Roxo foram fechados pela SuperVia. Por volta das 12h, todos os ramais voltaram a operar normalmente, mas com intervalos irregulares.
No ramal Japeri, os trens circulavam apenas entre Austin e Central. Uma queda de muro na estação Piedade, na zona norte da cidade, provoca atraso em outras três linhas (Deodoro, Santa Cruz e Japeri). Por medida de segurança, os trens continuam circulam com velocidade reduzida e com maior tempo para embarque e desembarque dos passageiros.
As estações Olaria (ramal Saracuruna) e São Francisco Xavier (ramal Deodoro) permanecem fechadas devido ao acúmulo de água em seus acessos. A linha 2 do MetrôRio também não está operando no trecho entre Pavuna e Colégio.
Em Nova Iguaçu, o pedreiro Martim Mesquita da Silva, 50, foi arrastado pela correnteza do rio que corta Austin, na Baixada Fluminense. Ele está desaparecido desde a madrugada, e os bombeiros de Nova Iguaçu fazem buscas pela região.
Na mesma localidade, houve um desabamento no qual uma pessoa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, segundo a assessoria da corporação. Ela foi encaminhada para o Hospital Geral de Nova Iguaçu. Outras ocorrências da mesma natureza foram registradas em Nilópolis, também na Baixada Fluminense, em Anchieta e em Realengo, nas zonas norte e oeste da capital, respectivamente.
Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, as ocorrências de Anchieta e de Realengo são as mais críticas. Em entrevista à "Globo News", o oficial afirmou que, em Realengo, há dois feridos, sendo que um deles está parcialmente soterrado. Os bombeiros trabalham para resgatá-lo. Já em Anchieta, uma pessoa ficou ferida.
O aeroporto Santos Dumont ficou fechado para pousos até as 9h30, e agora opera por instrumentos. Alguns voos foram desviados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, que também opera com auxílio de instrumentos, e quatro foram cancelados.
Há vários pontos de alagamento em vias da cidade, o que provoca grandes engarrafamentos. A avenida Radial Oeste, por exemplo, uma das principais vias de ligação da zona norte com o centro da capital, ficou fechada até as 10h30 por causa de bolsões de água.
UOL TEMPO E TRÂNSITO
Houve alagamentos também na avenida Brasil, principal via de ligação da zona oeste com o centro, que ficou interditada por cerca de uma hora e meia, em ambos os sentidos, na altura do Trevo das Margaridas, o que complicou os engarrafamentos que já são rotineiros no local. A previsão é chuva moderada a forte, com a ocorrência de ventos nas próximas horas, de acordo com o Centro de Operações.
Uma árvore caiu na avenida Pastor Martin Luther King Jr., no sentido Del Castilho, na altura do cruzamento com a rua Álvaro de Miranda, em Pilares. A via ficou parcialmente interditada, e o trânsito ficou lento no local.
Devido ao elevado índice acumulado de chuva registrado na região de Vaz Lobo, na zona norte, foi acionado, de forma preventiva, o Sistema de Alerta e Alarme Comunitário da Prefeitura do Rio.
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As sirenes da comunidade do Sapê foram disparadas a partir das 4h50. Os moradores, orientados por agentes comunitários e da Defesa Civil, se dirigiram aos seis pontos de apoio distribuídos na comunidade. O Sistema de Alerta Rio foi acionado em 43 comunidades do Rio, devido ao aumento da chuva. Os rios Pavuna e Manguinhos, também na zona norte, transbordaram, e as ruas que cortam os bairros estão intransitáveis.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), pediu à população da cidade que evite se deslocar. “Nosso pedido à população é que, se não tiver que se deslocar, não se desloque. Quem não tiver que sair, que evite deslocamento”, disse o prefeito em entrevista ao telejornal “Bom Dia Rio”, da Rede Globo. “Quanto mais gente tem na rua em momento de muita chuva, pior. Sempre que tiver uma chuva mais forte, vai ter transtorno na cidade.”
O Sistema de Alerta de Cheias do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) registra Alerta Máximo, com risco iminente de transbordamento no Rio Botas, que corta os municípios de Belford Roxo e Nova Iguaçu, no rio Pavuna, que passa por São João de Meriti, e no rio Sarapuí, que corta as cidades de Nilópolis, Mesquita e Duque de Caxias.
A estação pluviométrica do bairro da Saúde, na zona portuária do Rio de Janeiro, registrou chuvas de 120 milímetros em um período de 12 horas --entre 22h de terça-feira (10) e 10h desta quarta-feira (11)--, o que representa 65% da média esperada para o mês de dezembro (184,9 mm). As informações são do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
O Corpo de Bombeiros informa que Baixada Fluminense, Região Metropolitana e a Capital são as áreas mais atingidas pelas chuvas. Na Região Serrana, área com grande risco de enchentes, desabamentos e deslizamentos, chove forte, mas nenhuma sirene foi acionada. (Com agências)
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