Polícia acha bebê de casal acusado de já ter matado outra criança em MG
A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta quarta-feira (13) ter localizado bebê de dois meses, que estava desaparecido, e cujos pais são acusados de terem matado uma irmã dele, em Juiz de Fora (278 km de Belo Horizonte).
O casal foi preso no dia 8 deste mês, durante o velório da vítima, que tinha apenas dois anos e apresentava sinais de violência, principalmente na região da cabeça. Ela era filha da mulher e enteado do homem.
Conforme a assessoria de imprensa da polícia, o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Rolli, disse ter encontrado o bebê, uma menina, com tios paternos.
De acordo com a investigação, a mãe da criança entrou em coma logo após dar à luz, ficando neste estado por aproximadamente 30 dias em um hospital da região.
Os médicos que cuidaram do parto acionaram a Vara da Infância e Juventude da cidade em razão do histórico de violência doméstica do pai. Por sua vez, a instância judicial decidiu entregar a recém-nascida aos familiares do suspeito, em vez de submetê-la aos cuidados do pai biológico.
Os parentes do acusado moram na cidade de Simão Pereira, município próximo a Juiz de Fora, e ficaram com a guarda provisória da criança.
Em depoimento anterior, ainda conforme a polícia, a mãe da criança teria negado ter dado à luz recentemente.
No entanto, a existência dela foi confirmada por meio de testemunhas ouvidas pelo delegado. Em seguida, agentes começaram a empreender buscas por hospitais da região até conseguir confirmar o nascimento da menina.
Homicídio triplamente qualificado
O casal acusado da morte da menina de dois anos será indiciado pela polícia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, lesão corporal e maus-tratos.
Segundo a polícia, no dia do crime, o casal teria tido uma discussão seguida de uma briga, tendo o homem em seguida passado a desferir chutes e socos na enteada, que presencia a cena.
Conforme o exame de necropsia, a criança apresentava sinais de violência anteriores ao do dia da morte, caracterizando que ela havia sido submetida a agressões antes do dia apontado como o do óbito.
A investigação ainda apontou que a mãe da menina nada fez para intervir nas agressões sofridas pela filha. O homem teria confessado o crime em depoimento posterior à polícia.
Ele está preso no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) de Juiz de Fora. Já a mulher está na penitenciária feminina Professor Ariosvaldo Campos Pires, também situado na localidade mineira. O delegado informou que vai pedir à Justiça que transforme a detenção temporária do casal para a prisão preventiva.
O UOL não conseguiu localizar advogados que se apresentassem como representantes do casal.
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