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Jovem é assassinado a tiros na faixa de areia de praia badalada de Florianópolis

A Praia dos Ingleses é um dos destinos favoritos dos turistas em Florianópolis - Leonardo Sousa/Prefeitura de Florianópolis
A Praia dos Ingleses é um dos destinos favoritos dos turistas em Florianópolis Imagem: Leonardo Sousa/Prefeitura de Florianópolis

Aline Torres

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

31/12/2017 22h28

Um jovem foi assassinado a tiros na faixa de areia da praia dos Ingleses, uma das mais movimentadas de Florianópolis, em Santa Catarina. O crime aconteceu no domingo (31), por volta das 16h, e teria sido testemunhado por vários banhistas. 

Segundo a polícia, a vítima estava sendo perseguida por dois suspeitos. O jovem, cuja identidade não foi divulgada, morreu no local ao levar um tiro na cabeça. Ele também foi baleado no braço.

Não há registro de que qualquer banhista tenha sido ferido. Os assassinos fugiram antes da chegada dos policiais do 21° Batalhão da PM (Polícia Militar).

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) cobriu o corpo com uma lona azul para esperar a chegada dos funcionários do IGP (Instituto Geral de Perícias), a área foi isolada com fitas. O cadáver ficou estirado na areia por quase duas horas.

O coronel Araújo Gomes, subcomandante-geral da PM, disse acreditar que o assassinato na praia foi um “acerto de contas”. E que "o crime é frustrante diante de todos os esforços para combater a criminalidade".

Violência

O primeiro e o último dia de 2017 foram marcados por assassinatos brutais em Florianópolis. 

No dia 1° de janeiro, a turista gaúcha Daniela Scotto, 38, foi baleada e morreu após entrar, por engano, em uma favela na zona norte da cidade.  Daniela havia escolhido passar o Réveillon com a família na capital catarinense, por considera-la tranquila. 

Em 2017, 173 pessoas foram assassinadas na cidade. O número representa um crescimento de 250% nos últimos dois anos. Quinze anos atrás, em 2002, a cidade teve oito homicídios.

O crescimento da violência foi justificado pela Secretaria de Segurança Pública como uma disputa pelo mercado de drogas entre as facções PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e PGC (Primeiro Grupo da Capital), de Santa Catarina.

O governador Raimundo Colombo disse que “é um enfrentamento de duas facções que está acontecendo há algum tempo, mas que as ações da Segurança Pública estão corretas com aumento de prisões e apreensões de drogas e armas”.