DF: Jovem é sequestrada por motorista e cobrador de transporte clandestino
Uma jovem de 21 anos foi sequestrada e mantida em cativeiro por duas noites após pegar um transporte clandestino ao voltar do trabalho no Distrito Federal, segundo a polícia.
O que aconteceu?
A mulher deixou o trabalho por volta das 21h30 do dia 21 de junho, mas não conseguiu pegar o ônibus que a levaria para casa e decidiu entrar no transporte clandestino.
Outros passageiros estavam no veículo, mas ela seria a última a deixar o transporte, nas imediações da Rodoviária do Plano Piloto.
Os dois suspeitos, motorista e cobrador, anunciaram o sequestro quando a vítima aguardava o código pix para fazer o pagamento de R$ 5 pela viagem e descer.
A mulher tentou fugir, mas não conseguiu, já que o veículo estava sem as maçanetas da porta traseira.
Eles levaram a mulher para um barraco nos fundos da casa da mãe de um dos sequestradores, no município de Cristalina (GO).
Após deixar a vítima em cárcere por uma noite, eles entraram em contato coma família dela ordenando o pagamento de resgate. O valor do resgate não foi informado pela polícia.
Ela relatou que eles a ameaçaram constantemente, que caso não recebesse o valor do resgate ela seria estuprada e morta, que seu corpo seria esquartejado e colocado em uma mala, uma mala, inclusive, que estava na sala do cativeiro.
Delegado Leandro Ritt, da Divisão de Repressão ao Sequestro da PCDF
Contrariando a orientação da polícia, o pagamento do resgate foi feito na conta da vítima.
Por causa do limite de saque, os suspeitos não conseguiram retirar o valor total transferido e pretendiam manter a jovem em cativeiro até conseguir todo o dinheiro, informou a polícia.
Após diligências policiais que identificaram os dois suspeitos, eles libertaram a vítima em Sobradinho (DF) dois dias após o rapto e fugiram.
Os dois foram identificados como Rubens Brayner Moraes Cardozo e Marcos Rogério Junqueira. Eles tiveram prisão preventiva decretada e ainda eram procurados na manhã de hoje.
Os suspeitos têm passagens pela polícia e faziam uso de crack no cativeiro, segundo o relato da vítima.
A mulher nunca tinha feito a rota clandestina com os dois suspeitos e a polícia não soube informar se a escolha da vítima foi premeditada ou aleatória.
Segundo a PCDF, eles já faziam o transporte clandestino dias antes do sequestro e usavam o valor arrecadado para comprar drogas.
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