Conteúdo publicado há 8 meses

Pastor investigado por clínica clandestina se entrega à polícia em GO

O pastor investigado por manter uma clínica clandestina em Anápolis (GO), onde pessoas eram mantidas em cárcere privado e torturadas, se entregou à polícia.

O que aconteceu:

O pastor Ângelo Mario Klaus Júnior estava foragido desde a última terça (29), quando a Polícia Civil resgatou 50 pessoas da clínica. A mulher dele, Suelen Klaus, e outras cinco pessoas foram presas em flagrante.

Ele se apresentou à polícia na madrugada de sábado (2) ao lado de seu advogado.

O pastor Klaus Júnior foi preso preventivamente e ficou em silêncio durante o depoimento, informou a Polícia Civil.

Todos os presos responderão por tortura e cárcere privado qualificado.

O UOL tenta contato com a defesa do pastor Klaus Júnior. Se houver resposta o texto será atualizado. O espaço segue aberto para manifestação.

Vítimas eram mantidas trancadas

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Imagem: Divulgação/Polícia Civil

As vítimas eram homens, com idades entre 14 e 96 anos.

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Entre os resgatados havia pacientes com deficiência intelectual, cadeirantes e alguns dependentes químicos. Segundo a investigação, eles foram levados de forma ilegal e involuntária ao local.

As vítimas eram trancadas, em ambiente insalubre, com alimentação precária, sem medicação ou acompanhamento médico e psicológico. Alguns apresentavam lesões graves, desnutrição e confusão mental compatível com sedação no momento do resgate.

Tinha gente pra bater nos outros. Lá é um inferno. Eu nunca vi um trem daquele. É o pior lugar que já estive na minha vida.
Depoimento de vítima à TV Anhanguera

Fui recebido a murro. Me jogaram lá dentro igual se joga um bicho. Fiquei muitos dias lá, e estou começando a tossir, sei que é costela quebrada.
Depoimento de vítima à TV Anhanguera

O valor cobrado era de um salário mínimo por mês de cada paciente. A polícia não explicou, porém, quem pagava o valor, se eram familiares dos internos ou eles mesmos.

Os resgatados foram acolhidos pelos serviços de saúde mental e assistência social da Prefeitura de Anápolis. As vítimas foram identificadas e iniciou-se uma investigação para localizar os familiares.

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