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25/05/2007 - 11h10
Alunos da USP vão participar de nova reunião com secretário na 2ª

Da redação
Em São Paulo


Os estudantes que ocupam o prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) desde o dia 3 de maio decidiram em plenária na noite de quinta-feira (24) que vão participar da nova reunião marcada para segunda-feira (28), sem horário definido, com o secretário da Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Marrey.

"Vamos participar, mas não vamos negociar, e já deixamos isso bem claro. Será uma reunião em que as duas partes apresentarão suas propostas e debaterão os principais pontos de divergência. Depois disso, apresentaremos as propostas aos estudantes em uma assembléia e todos, em conjunto, decidirão o rumo do movimento", afirmou Bruno Bicalho, 21 anos, membro da ocupação. Nesta sexta (25), a Justiça negou, pela segunda vez, o adiamento da reintegração de posse do prédio da reitoria.

A CRISE NA USP
Folha Imagem
Estudantes Ocupam a reitoria para criticar Serra e reivindicar moradias
Folha Imagem
Docentes Entraram em greve. Pelo menos uma parte apóia a ocupação
Folha Imagem
Funcionários Estão em greve; seu sindicato apóia a ocupação
Folha Imagem
Reitora
Suely Vilela tentou negociar, mas depois endureceu
Folha Imagem
Polícia Coronel iniciou com diálogo, mas já fala em uso da força
Folha Imagem
Governo Serra nega que decretos mexam na autonomia universitária
3/5: Estudantes tentam falar com a reitora da USP. Não são atendidos, e decidem invadir e ocupar a reitoria
4 a 7/5: Reivindicações são divulgadas: cerca de 700 novas moradias estudantis, reforma de prédios, contratação de professores e repúdio a decretos do governo estadual que, supostamente, ferem a autonomia universitária
8 a 10/5: A reitora Suely Vilela apresenta contrapropostas e pede a saída dos alunos
11/05: Estudantes rejeitam proposta da reitora e se revezam na ocupação. No Dia das Mães, fazem uma feijoada
14/05: Nota dos reitores da USP, Unicamp e Unesp diz que decretos preservam autonomia
15/05: Reitoria dá um prazo para que os alunos deixem o prédio: 16h. Não é atendida
16/05: USP pede, e Justiça concede reintegração de posse da reitoria. Alunos se negam a sair e erguem barricadas para barrar a PM. Anunciada a contratação de 1.900 professores. Funcionários decidem fazer greve
17/05: Secretário de Serra diz a reitores que autonomia está preservada
18 e 21/05: PM convida estudantes, funcionários e reitora para reunião sobre a reintegração. Alunos faltam
22/05: PM diz que usará de força se alunos resistirem. Reitora faz mais propostas, que são rejeitadas outra vez
23/05: Professores da USP decretam greve. Na pauta, além de questões trabalhistas, está a manutenção da autonomia universitária. Sintusp tenta barrar reintegração na Justiça
24/05: Justiça decide manter a reintegração. Clima na ocupação e entre os funcionários passa a ser de espera da PM. À noite, reunião com secretário de Serra decide por novo encontro na segunda (29). Assim, ocupação ganha ao menos mais três dias
25/05: Nova tentativa do Sintusp de adiar a reintegração cai na Justiça. Ocupantes decidem ir à reunião de segunda (28). Professores mantêm a greve.
VEJA FOTOS DA CRISE
GIANOTTI: AMEAÇA INTERNA
OLIVEIRA: EM DEFESA DA USP
A OCUPAÇÃO DEVE CONTINUAR?
IMAGENS DA REITORIA
Uma comissão de 30 alunos e dois funcionários vai se encontrar com Marrey, além de representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Legislativo, do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), funcionários e professores da USP. A assessoria de imprensa da universidade, procurada pela reportagem, não confirmou se a reitora foi convidada e se vai participar da reunião.

Na quinta, Ariel de Castro Alves defendeu a participação da reitora Suely Vilela na discussão de segunda. "Foi aberto um novo canal, e na próxima reunião, serão novamente discutidos os decretos do governador estadual e as demais reivindicações do estudantes", disse.

Apelo
No primeiro encontro, realizado na quinta, na sede da Secretaria de Justiça do Estado, no centro da capital, Marrey teria feito um apelo para que os estudantes saíssem da reitoria pacificamente. Também teria se disposto a discutir, ponto a ponto, os decretos do governo Serra que supostamente ameaçam a autonomia universitária e que estão por trás da polêmica.

Entretanto, o secretário disse aos estudantes que a reintegração de posse da reitoria -- concedida no dia 16 e reafirmada pela Justiça na quinta e, mais uma vez, nesta sexta -- é uma ordem judicial, e que por isso tem de ser cumprida, o que pode ocorrer antes mesmo do novo encontro entre as partes. Não está descartada a desocupação pela força, mas a assessoria de imprensa do secretário frisou que, para o governo, a melhor saída é a desocupação pacífica.

O Tribunal de Justiça também informou que, atendendo a um pedido da USP contra o Sintusp, foi concedida liminar que proíbe atos ou protestos que causem transtornos e perturbações no campus. A ação prevê multa de R$ 1.000 por dia para cada unidade ocupada, e é válida para funcionários e alunos. O Sintusp é famoso por utilizar caminhões de som dentro da USP.

A assessoria de imprensa da USP afirmou que buscou a Justiça para evitar que piquetes impeçam aqueles que não participam da greve dos funcionários e professores de entrar nos prédios.

Com o agendamento da nova reunião na segunda, o governo parece ter garantido aos estudantes pelo menos mais quatro dias de ocupação da reitoria sem que sejam desalojados pela Polícia Militar. Apesar de criticar o movimento, o governador José Serra (PSDB) tem agido para evitar violência (com seu inevitável custo político) e buscar uma solução pacífica. Os estudantes dizem que permanecerão no prédio durante o final de semana.

Polícia se cala
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o órgão, bem como a PM, não vão mais se pronunciar a respeito da reintegração -- o cumprimento da ordem judicial deve ser feito pelo Choque da PM.

O oficial que comanda este setor, coronel Joviano da Conceição Lima, havia anunciado esta quinta (24) como limite para que a ação fosse cumprida. Isso não aconteceu e, com a marcação de uma nova reunião que terá o próprio governo como participante (na pessoa do secretário de Justiça), pode não acontecer até a segunda (28).

Na reitoria ocupada, estudantes e funcionários já distribuem e lêem, há alguns dias, uma cartilha que ensina a se defender da ação da PM. E começou a circular um abaixo-assinado de professores da USP, que já tem quase 700 nomes, em favor da desocupação da reitoria.

No início da tarde da quinta, manifestantes deram um abraço simbólico em torno da reitoria -- o qual significou, segundo eles, os propósitos pacíficos do movimento.



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