A derrocada do Democratas
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Por conta do crescimento do PT no Nordeste durante o governo Lula e a falta de vitórias, o DEM perdeu força em seu reduto mais tradicional. Também pesou a falta de nomes capazes de vencer as eleições para governos estaduais em 2006, o que influencia nas disputas municipais dois anos depois: só conseguiu dar vitória a José Roberto Arruda (foto), no Distrito Federal. Em 2008, enquanto o PT cresceu de 410 para 558 administrações municipais, o Democratas caiu de 794 para 501.
Com o apoio do governador tucano José Serra, o Democratas elege Gilberto Kassab prefeito de São Paulo. No entanto, o assédio do presidente Lula aproxima Kassab da base governista. Em 2011, o prefeito funda o Partido Social Democrático (PSD), com 49 deputados, dois senadores, dois governadores, seis vice-governadores e 270 prefeitos.
Nas eleições de 2010, o partido elegeu dois governadores, Rosalba Ciarlini (RN) e Raimundo Colombo (SC), mas o último acabou deixando a sigla para se filiar ao PSD de Kassab.
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Em 2010, o Democratas teve sua posição fragilizada pelo escândalo que envolveu seu único governador, José Roberto Arruda, em um esquema de fraudes em licitações no Distrito Federal. Obrigado a deixar o cargo, ele era cotado a candidato a vice na chapa presidencial liderada por Serra.
Em 2012, seu maior expoente no Senado, Demóstenes Torres (GO), passou a ser investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de integrar um esquema de abastecimento do jogo ilegal em Goiás. Demóstenes era pré-candidato à prefeitura de Goiânia e potencial presidenciável em 2014. Era considerado o único político de exposição nacional do partido que não é de uma família de políticos tradicionais.