Golpe de Estado no Mali deixa 50 militares da Guarda Presidencial mortos
Pelo menos 50 membros da Guarda Presidencial do Mali morreram na madrugada desta quinta-feira (22) em combates contra as forças rebeldes, que tomaram o poder no início da manhã de hoje. Durante toda a noite, foram registrados confrontos nas imediações do palácio presidencial, na capital Bamaco. Ainda não se sabe onde está o presidente deposto, Amadou Toumani Touré.
De acordo com a agência EFE, também um civil foi encontrado morto após os confrontos.
A junta militar que tomou o poder anunciou a suspensão da Constituição e a dissolução de todas as instituições de Estado. O tenente Amadou Konare, porta-voz dos golpistas, afirmou que os militares atuaram diante da incapacidade do regime do presidente Touré de administrar a crise na região norte do país, envolvendo uma rebelião tuaregue e atividades de grupos islamitas armados, desde meados de janeiro.
Motim militar
O golpe começou com um motim no quartel de Kati, a 15 quilômetros da capital, onde os protestos contra a repressão militar ao movimento separatista tuaregue já eram frequentes desde fevereiro. A junta militar foi à capital, tomou a sede da rádio e televisão estatais e depois se dirigiu à sede do governo.
O tenente Konare falou em nome da junta que tomou o poder, o Comitê Nacional para a Recuperação da Democracia e a Restauração do Estado (CNRDRE). Pouco depois, o capitão Amadou Sanogo, presidente do CNRDRE, anunciou que haverá toque de recolher a partir desta quinta (22).
Reação internacional
O governo da Argélia divulgou comunicado condenando o golpe no país vizinho e se comprometendo com o reestabelecimento da ordem constitucional. “Segundo nossos princípios e conforme a ata constitutiva da União Africana, condenamos o uso da violência e a mudança constitucional”, disse o porta voz do ministério do Exterior, Amar Belani.
A União Europeia (UE) também condenou o golpe de Estado e pediu a volta da ordem constitucional. "Condenamos o golpe de Estado militar e a suspensão da Constituição. É necessário restaurar as normas constitucionais o mais rápido possível", afirmou Michael Mann, porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, pediu o restabelecimento da ordem constitucional no Mali e defendeu a convocação de eleições o mais rápido possível. (Com EFE e AFP)
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