Coreia do Norte reconhece falha no lançamento de satélite
A Coreia do Norte reconheceu que o foguete de longo alcance Unha-3, que lançou nesta quinta-feira (12), da base de Tongchang-ri, no norte do país, não atingiu seu objetivo de colocar um satélite em órbita, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O artefato explodiu e se desintegrou “poucos minutos depois do lançamento” sobre o Mar Amarelo, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano, Kim Min-Seok. Uma alta fonte militar citada pela Yonhap informou ainda que os pedaços caíram no oceano a cerca de 200 km a oeste de Kunsan. O lançamento ocorreu às 07h39 local (19h39 de Brasília).
Segundo o governo norte-coreano, a intenção do lançamento era colocar em órbita um satélite Kwangmyongsong-3 (Estrela Brilhante) com objetivos pacíficos, mas os Estados Unidos afirmam que o foguete era um míssil balístico “Taepodong-2" e, assim como a Coreia do Sul, classificaram o ato como uma "provocação" que viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
"A Coreia do Norte só ganhará mais isolamento ao cometer atos de provocação, e está desperdiçando dinheiro em armas e em propaganda enquanto a população norte-coreana passa fome", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O Taepodong-2 é um míssil balístico intercontinental com alcance entre 6.000 e 9.000 km.
Chamado de Unha-3 pelos norte-coreanos, o foguete foi lançado por Pyongyang do centro espacial de Tongchang-ri, no noroeste do país, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Kim Il-Sung, nascido em 15 de abril de 1912 e falecido em 1994.
O G8 condenou o lançamento, afirmando que adotará as "ações apropriadas" no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Os chanceleres do Grupo dos Oito, reunidos nesta quinta-feira (12) em Washington, assinalaram que o lançamento norte-coreano "mina a estabilidade e a paz regional".
O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocará uma reunião de emergência na sexta-feira (13) para discutir a situação na península coreana, disse um diplomata na ONU.
A fonte explicou à Agência AFP que os 15 membros do Conselho se reunirão "para decidir seus próximos passos" após o lançamento (fracassado) do foguete.
Estados Unidos e seus aliados haviam advertido que o lançamento seria uma violação das resoluções 1718 e 1874 do Conselho de Segurança da ONU .
A resolução 1874, aprovada em 2009, exige que Pyongyang "não realize qualquer teste nuclear ou lançamento que empregue tecnologia de míssil balístico".
O ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle, condenou o lançamento do foguete e pediu do Conselho de Segurança da ONU uma resposta "forte".
"Condeno o lançamento de um foguete da Coreia do Norte. É uma violação das obrigações internacionais e aumentará as tensões na península coreana", declarou à AFP o ministro durante uma visita a Nova York.
"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve responder energicamente a esta violação da lei internacional", completou o chanceler. (Com EFE e AFP)
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