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Dilma se reúne com Chávez antes do ingresso oficial da Venezuela no Mercosul

Renata Giraldi

Da Agência Brasi, em Brasília

30/07/2012 16h34

A presidente Dilma Rousseff se reúne com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na noite desta segunda-feira (30). Chávez chega à Base Aérea de Brasília por volta das 18h e, em seguida, vai ao encontro com Dilma. Não está confirmado se eles jantarão juntos, no Palácio da Alvorada. A previsão é que os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Pepe Mujica, cheguem também nesta noite.

Chávez se reúne com Dilma horas antes de ser oficializada a incorporação da Venezuela ao Mercosul, bloco formado por Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai e pelo Paraguai (suspenso até abril de 2013). A solenidade que marca o ingresso dos venezuelanos no bloco está marcada para amanhã (31), em Brasília.

Por seis anos, foi negociada a entrada da Venezuela no Mercosul. A decisão foi tomada em junho quando os presidentes Dilma, Cristina e Mujica anunciaram a incorporação dos venezuelanos e a suspensão do Paraguai do bloco de forma temporária. O Paraguai foi suspenso porque os presidentes concluíram que o processo de destituição do poder do então chefe de Estado paraguaio Fernando Lugo não seguiu os preceitos democráticos.

Fundado em 1991, o Mercosul gerou aumento no intercâmbio comercial da região. Em 1990, o intercâmbio entre os membros do bloco era US$ 4,1 bilhões. Já em 2011, o fluxo cambial atingiu US$ 104,9 bilhões.

Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informa que o desafio é superar as diferenças regionais por meio de um fundo próprio. “A superação das assimetrias entre os países do grupo é o objetivo do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), que investe US$ 100 milhões anuais em projetos que aumentem a competitividade e a coesão social do bloco.”

Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), registrando um Produto Interno Bruto (PIB) a valores correntes de US$ 3,3 trilhões (o equivalente a 83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados (72% da área da América do Sul).