Presidente italiano dissolve parlamento após renúncia de Monti
O presidente da Itália dissolveu neste sábado (22), como previsto, das duas câmaras do Parlamento, depois da renúncia do primeiro-ministro do país, Mario Monti. A ordem pavimenta o caminho para uma eleição nacional antecipada, prevista para fevereiro. "Eu acabei de assinar o decreto pela dissolução do parlamento", disse o presidente Giorgio Napolitano a jornalistas, após consultar líderes políticos.
Monti renunciou na sexta-feira (21), alguns meses antes do fim de seu mandato, após seu governo perder o apoio do centro-direitista Partido Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi.
A data da eleição, amplamente esperada para 24 e 25 de fevereiro, será decidida pelo gabinete de Monti, que permanece como premiê interino. Antes do dia 31, em reunião extraordinária, o Conselho de Ministros precisará assinar o decreto para convocar as eleições gerais, que devem ser realizadas entre 45 e 70 dias depois da dissolução do Parlamento.
"Chegamos ao epílogo da legislatura, um pouco mais cedo do que o esperado", disse o chefe de Estado, antes de afirmar que Monti renunciou depois de perder o apoio do PDL de Silvio Berlusconi e, por conseguinte, a sua maioria.
Em 8 de dezembro, Monti anunciou que após a aprovação da Lei de Orçamento Geral, oficializaria "sua irrevogável renúncia nas mãos do chefe de Estado".
O texto da Lei de Orçamentos, que saiu do Conselho de Ministros na madrugada de 10 de outubro, foi aprovado na quinta-feira pelo Senado. Para blindar o texto e agilizar a votação do grande número de emendas feitas, assim como no Senado, o Executivo italiano apresentou uma questão de confiança sobre a legislação. (Com agências internacionais)
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