Soldado morto em ataque a faca em Londres tinha 25 anos e era pai de um menino
O soldado esfaqueado e morto por dois homens perto de uma base militar em em Woolwich, no sudeste de Londres, na quarta-feira (22), foi identificado na tarde desta quinta-feira (23). A vítima se chamava Lee Rigby, 25, do segundo Batalhão do Real Regimento de Fuzileiros (Royal Regiment of Fusiliers, em inglês). O militar deixa um filho de dois anos chamado Jack.
O Ministério da Defesa publicou uma nota confirmando a identidade do soldado. Rigby nasceu em julho de 1987, em Crumpsall, Manchester. O rapaz entrou para o Exército em 2006. Ele chegou a servir no Afeganistão, em abril de 2009.
Segundo o ministério, Rigby era "extremamente popular e respeitado" entre os colegas. Além disso, era membro da banda militar e um "apaixonado torcedor do Manchester United."
Suspeitos eram investigados
Um oficial do governo britânico afirmou que os dois suspeitos de terem matado o soldado em Londres já estavam sendo investigados por possível ligações com grupos terroristas.
Uma fonte anônima ouvida pela agência Associated Press, que não teria tem autorização para falar sobre a investigação, afirmou que não podia dar mais detalhes porque o caso já está na Justiça britânica.
Geralmente, em casos como esse, o serviço de segurança do Reino Unido, o MI5, investiga suspeitos usando escutas telefônicas e interceptação de mensagens.
A vítima, com cerca de 20 anos, teria sido atingida por um carro e depois atacada perto de uma base militar em Woolwich, no sudeste de Londres. De acordo com a BBC, os autores do ataque gritavam "Allahu Akbar" ("Deus é grande", em árabe) enquanto esfaqueavam a vítima. Segundo fontes citadas pela agência local "PA", os suspeitos são de origem nigeriana, embora de nacionalidade britânica e convertidos ao Islã.
O jornal britânico "Guardian" publicou que um dos suspeitos é um cidadão britânico de 28 anos de origem nigeriana, nascido em Lambeth, morador de Romford e ex-estudante da Universidade de Greenwich. A polícia ainda não confirma a informação.
Homem com mãos sujas de sangue aparece em vídeo
Cameron faz pronunciamento
Em uma breve declaração concedida em Londres, nesta quinta-feira (23), o primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou que "uma das melhores maneiras de se derrotar o terrorismo, é seguindo normalmente com a vida."
Sobre o ataque ocorrido na quarta-feira (23), que deixou um morto e dois feridos em Londres, o premiê disse que o ato "chocou a todos".
"As imagens publicadas até agora são chocantes. Os autores do ataque tentaram nos dividir, mas eles nos uniram e nos deixaram mais fortes", afirmou.
Cameron também disse que seus pensamentos estão com a vítima e sua família e agradeceu o trabalho da polícia e das forças de segurança.
Para o premiê, a suposta motivação religiosa do ataque é injustificável.
"Não há nada no islamismo que justifique um ato terrível como este. Nada justifica estes ataques e a culpa é inteira dos autores perpetraram esse ato", afirmou.
Mais cedo, Cameron presidiu uma reunião do comitê de emergências Cobra do governo britânico para analisar o assassinato do soldado.
Participaram da reunião em Downing Street, que durou cerca de uma hora, vários ministros e o prefeito de Londres, Boris Johnson, assim como os chefes da polícia e do MI5, o serviço de contra-espionagem britânico.
Por enquanto não se modificou o nível de alerta terrorista no Reino Unido, enquanto a Polícia investiga os dois suspeitos detidos e se o ataque foi um ato isolado. (Com agências internacionais)
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