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Justiça russa manda opositor de Putin para hospital psiquiátrico

O ativista russo Mikhail Kosenko assiste ao seu julgamento em Moscou de dentro de uma jaula. Kosenko foi preso durante protesto em Moscou em 6 de maio de 2012, véspera da posse de Putin em seu novo mandato - Vasily Maximov/AFP
O ativista russo Mikhail Kosenko assiste ao seu julgamento em Moscou de dentro de uma jaula. Kosenko foi preso durante protesto em Moscou em 6 de maio de 2012, véspera da posse de Putin em seu novo mandato Imagem: Vasily Maximov/AFP

Do UOL, em São Paulo

08/10/2013 16h01

A Justiça russa ordenou nesta terça-feira (8) que um crítico do presidente Vladimir Putin seja internado por tempo indeterminado em um hospital psiquiátrico. As informações são da BBC.

O ativista Mikhail Kosenko foi acusado de motim por ter entrado em confronto com a polícia durante um protesto em Moscou no dia 6 de maio de 2012, véspera da posse de Putin em seu novo mandato como presidente. A defesa de Kosenko afirmou que vai recorrer da decisão.

O tribunal decidiu que Kosenko não é responsável por seus atos porque tem uma doença mental. Antes da prisão, o ativista já havia sido submetido a tratamento psiquiátrico, o que seus advogados defendem que deve continuar.

A Anistia Internacional afirmou que a decisão configura um “retorno às práticas abomináveis da era soviética usadas para silenciar a dissidência".

"Mikhail Kosenko foi colocado atrás das grades por exercer pacificamente seu direito de protestar e deve ser liberado imediatamente", disse o diretor da AI para a Europa e Ásia central, John Dalhuisen.

"Perigo para a sociedade"

“A conclusão dos especialistas é de que ele é um perigo para a sociedade e, portanto, deve ser isoaldo em uma clínica psiquiátrica”, disse o advogado de Kosenko, Valery Shukhardin, à agência de notícias AFP.

Kosenko é um dos 28 ativistas presos acusados de desordem em massa durante as manifestações do dia 6 de maio de 2012. A onda de protestos começou em dezembro de 2011 após a vitória de Putin nas eleições.

Dezenas de milhares de pessoas se juntaram aos protestos. A polícia afirma que os manifestantes inciaram os confrontos, mas líderes da oposição sustetam que foram as autoridades que provocaram o embate.