Itamaraty nega que sua rede interna de documentos tenha sido invadida
O Itamaraty confirmou nesta terça-feira (27) que e-mails de alguns de seus funcionários foram acessados após eles caírem em um golpe de “phishing”. O ministério nega, no entanto, que os cibercriminosos tenham conseguido invadir o sistema pelo qual transitam documentos internos.
Itamaraty sofre ataques de hackers
Uma reportagem da Folha publicada hoje afirma que o ataque teve início no último dia 19 e usou um golpe conhecido como “phishing”, em que é usada uma isca (uma informação falsa, mas crível, que induz o usuário ao fornecimento de dados sensíveis).
Ao UOL, a assessoria de comunicação do Itamaraty explicou que "hackers" dispararam e-mails destinados às contas dos funcionários com o pedido para “renovarem as credenciais de segurança". Assim, os funcionários eram levados a informar os dados atuais de login e senha para cadastrar os novos. Com esses dados em mãos, os cibercriminosos tiveram acesso às caixas de e-mail de alguns funcionários.
O ministério não informou quantas contas foram afetadas, mas afirmou já ter tomado providências para recuperar o acesso a elas. “Ao longo da noite de segunda e o início desta manhã, fizemos uma grande manutenção de segurança e as contas de e-mail ficaram inacessíveis no período, porém elas já foram restabelecidas”, informou a assessoria do Itamaraty.
Documentos vazados
Ainda conforme a assessoria, os documentos que circulam na internet, que mais cedo foram apontados como “arquivos da rede interna” do órgão (conhecido como Intradocs), seriam pedaços de arquivos Word pegos de e-mails trocados pelas contas acessadas pelos cibercriminosos. O Itamaraty, no entanto, não confirma se os arquivos desses e-mails invadidos eram secretos ou não.
Entre os arquivos vazados, segundo a Folha, estariam textos preparatórios da visita ao Brasil na Copa do Mundo de Joe Biden, vice-presidente dos EUA. Outro documento seria um resumo da participação brasileira numa cúpula de segurança nuclear na Holanda.
Os responsáveis pelo ataque ainda não foram identificados. A Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República também trabalham na investigação para descobrir os autores do ataque.
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