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Coreia do Norte lança foguete de longo alcance; ONU acusa ser míssil

Pyongyang defende que o lançamento foi realizado para colocar em órbita o satélite de observação da Terra Kwangmyong 4 - TV Estatal Norte-Coreana/Yonhap/AFP
Pyongyang defende que o lançamento foi realizado para colocar em órbita o satélite de observação da Terra Kwangmyong 4 Imagem: TV Estatal Norte-Coreana/Yonhap/AFP

Do UOL, em São Paulo

06/02/2016 23h04Atualizada em 07/02/2016 07h35

Desafiando advertências internacionais, a Coreia do Norte lançou neste domingo (horário local) um foguete de longo alcance, que parte da comunidade internacional considera ser um teste balístico secreto, informou a agência sul-coreana Yonhap. A ONU e alguns países afirmam que o lançamento é um disfarce para teste proibido de um míssil que poderia atingir a área continental dos EUA.

O lançamento, que aconteceu a partir da base de Sohae, no extremo noroeste do país, vem poucos dias após o teste de uma suposta bomba de hidrogênio pela Coreia do Norte e foi antecipado. Anteriormente, o país havia avisado órgãos internacionais que a janela para o lançamento começaria apenas nesta segunda-feira (8), terminando no dia 25.

A ação norte-coreana será considerada mais uma provocação por Washington e seus aliados e provavelmente levará a mais sanções e condenações das Nações Unidas. Em entrevista na rede norte-americana CNN, autoridades militares norte-coreanas reafirmaram que seu programa espacial é pacífico e que se trata do lançamento de um satélite de posicionamento.

O último lançamento deste tipo havia acontecido em 2012, quando o regime norte-coreano pôs em órbita um satélite com seu foguete Unha-3, ação que a comunidade internacional também considerou parte de seu programa de desenvolvimento de mísseis intercontinentais e que deu lugar a novas sanções econômicas.

Testes nucleares e lançamentos de foguetes pela Coreia do Norte são vistos como passos cruciais em relação à meta final do país de ter um arsenal com armas nucleares e mísseis de longo alcance. A Coreia do Norte diz que seus programas nucleares e de mísseis são necessários para defender-se contra o que chama de décadas de hostilidade dos EUA.

O ditador Kim Jong-un supervisionou dois dos quatro testes nucleares e três testes de foguetes de longo alcance desde que assumiu após a morte de seu pai, Kim Jong-il, no final de 2011.

O teste nuclear realizado em 6 de janeiro fez a ONU reforçar mais as sanções contra o país. (Com agências internacionais)