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Cruz vence primária republicana em Wisconsin, e Sanders ganha no lado democrata

Nam Y. Huh/AP - Scott Olson/Getty Images/AFP
Imagem: Nam Y. Huh/AP - Scott Olson/Getty Images/AFP

Do UOL, em São Paulo

05/04/2016 22h38Atualizada em 06/04/2016 07h34

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos Ted Cruz venceu as primárias realizadas no Estado de Wisconsin nesta terça-feira (05). No lado democrata, o pré-candidato Bernie Sanders superou a rival Hillary Clinton, segundo as projeções dos principais veículos de comunicação do país.

Cruz, senador do Texas em primeiro mandato, está tentando se mostrar como o único pré-candidato republicano ainda na corrida com chance de bater Trump e obter a indicação presidencial do partido, e a melhor escolha para os correligionários que não conseguem se convencer a votar no bilionário de Nova York.

A vitória lhe permitirá obter a maioria ou até a totalidade dos 42 delegados em jogo neste Estado e seguir somando apoio até os 1.237 necessários para obter a indicação do partido para as eleições presidenciais de novembro.

Cruz comemorou a vitória e e garantiu que tem "chances reais" de conseguir a indicação do partido. O senador classificou o triunfo como um "ponto de inflexão" na corrida das primárias, e comentou que esse Estado "acendeu uma luz que mostra o caminho a ser seguido".

Apesar de matematicamente ainda ter possibilidades, principalmente após a vitória de hoje em Wisconsin, Cruz precisa de resultados extraordinários nos estados que ainda vão votar no processo de primárias para chegar à Convenção Nacional do Partido Republicano em julho com os 1.237 delegados que garantem a indicação.

Caso contrário, o senador pelo Texas espera que Trump também não consiga os delegados para que haja uma disputa aberta na Convenção Nacional, na qual grande parte dos delegados votará livremente e a opinião do partido passa a ter peso determinante.

Disputa democrata

Na corrida democrata, Bernie Sanders, senador do Vermont, venceu a ex-secretária de Estado Hillary Clinton. Ele tenta fortalecer o ímpeto que ganhou depois de vencer sete das últimas oito prévias partidárias. A única derrota de Sanders desde 22 de março foi no Arizona, onde Hillary ganhou com ampla vantagem.

Mesmo assim, será uma tarefa dura derrotar a ex-primeira-dama e conquistar a indicação do partido para a eleição presidencial do dia 8 de novembro, já que Hillary tem mais delegados na soma das primárias.

Com a vitória em Wisconsin, Sanders levará a maioria dos 86 delegados em jogo neste Estado de tradição tanto agrícola como industrial, além de conseguir uma simbólica vitória em um local no qual, algumas semanas atrás, Hillary partia como favorita.

O senador disse que sua campanha passa por um "momentum". "O 'momentum' é começar esta campanha com entre 60 e 70 pontos atrás de Hillary e, nas últimas semanas, ver que as pesquisas indicam que estamos um ponto abaixo ou acima", afirmou.

"Nas pesquisas, vencemos (o magnata republicano Donald) Trump por vantagens muito significativas e superiores às de (Hillary) Clinton", acrescentou Sanders.

Sequência da corrida eleitoral

A votação nesta terça-feira (5) foi a primeira após 10 dias de descanso na campanha para escolher os indicados à disputa pela Casa Branca, e deu um fôlego para Ted Cruz e Sanders no momento em que o processo se aproxima de seu último terço.

Após Wisconsin, o próximo Estado a votar dentro do processo de primárias para escolher os candidatos republicano e democrata será Nova York, cujos cidadãos comparecerão às urnas no dia 19 de abril e onde há em jogo um grande número de delegados, tanto para os conservadores como para os progressistas.