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Na ONU, Morales acusa a OEA de ser "capataz do império"

O presidente da Bolívia, Evo Morales, discursa na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York - Eduardo Munoz/Reuters
O presidente da Bolívia, Evo Morales, discursa na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York Imagem: Eduardo Munoz/Reuters

Do UOL, em São Paulo

21/09/2016 19h40

Em seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, o presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quarta-feira (21) que a Organização dos Estados Americanos (OEA) tem atuado como um "capataz do império [EUA]" e não como representante de seus Estados-membros.

"A OEA deve ser uma representação genuína dos países da América e não um porta-voz dos interesses dos Estados Unidos. Não precisamos de um capataz do império para controlar nossos povos. Se a OEA não responde nem respeita a soberania de seus Estados-membros, é melhor que deixe de existir", afirmou Morales.

O líder boliviano fez críticas diretas ao secretário-geral da entidade, o uruguaio Luis Almagro. "Expressamos nossa enorme preocupação e nosso rechaço às ações do secretário-geral da OEA, que descumpre os princípios básicos da ONU", afirmou o presidente.

Embora sem fazer menção direta, Morales provavelmente se refere aos embates dentro do bloco em torno da questão venezuelana. Sob a liderança de Almagro, a OEA tem se posicionado contra o que considera autoritarismo do governo do venezuelano Nicolás Maduro e a detenção de líderes oposicionistas como Leopoldo López.

Recentemente, Almagro afirmou que não há democracia nem Estado de direito na Venezuela